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7ª edição da Marcha da Margarida termina nesta quarta-feira com homenagem à paraibana

Aberta na noite desta terça-feira em Brasília, a 7ª Marcha das Margaridas, honra a memória de Margarida Maria Alves, cujo nome foi atribuído à marcha desde o ano 2000. Ela foi uma defensora dos direitos dos trabalhadores rurais e se tornou um símbolo de resistência após ser assassinada em 1983. A luta de Margarida Maria Alves é lembrada e inspira as participantes da marcha, que buscam justiça, dignidade e igualdade em sua memória.

A Marcha das Margaridas não apenas reúne mulheres diversas para expressar suas demandas e aspirações, mas também celebra a força do movimento feminino em todo o Brasil e além das fronteiras. Com Margarida Maria Alves como um ícone de resistência, a marcha é uma demonstração de solidariedade, unidade e determinação em busca de um Brasil mais justo e igualitário para todas.

Mais de 100 mil mulheres brasileiras vindas do campo, das florestas, das águas e das cidades, além de representantes de 33 países, se reúnem em Brasília até hoje, quarta-feira, 16/08, para a 7ª edição da Marcha das Margaridas. Um evento marcante, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), suas filiadas, sindicatos parceiros e 16 organizações aliadas. A marcha, que ocorre a cada quatro anos, presta homenagem à memória de Margarida Maria Alves, uma liderança paraibana do movimento sindical assassinada em 1983, e tem como lema para 2023: “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”.

O evento reúne uma diversidade impressionante de mulheres: trabalhadoras rurais, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, sem-terra, extrativistas, membros da comunidade LGBTQIA+ e residentes de centros urbanos. A Contag destaca que essa marcha é um dos maiores movimentos políticos de mulheres da América Latina, representando a voz unificada das mulheres de diferentes origens e contextos.

A coordenadora-geral da Marcha das Margaridas e secretária de Mulheres da Contag, a piauiense Mazé Morais, destacou a expectativa para a marcha e a pauta construída em reuniões realizadas desde 2021 em todo o país. Ela enfatizou a esperança de que as autoridades atendam às reivindicações apresentadas, tendo em vista o impacto positivo nas vidas das mulheres em todas as regiões do Brasil.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou a colaboração interministerial nos últimos meses para abordar as diversas demandas das “margaridas”. Ela afirmou que o governo atual reconhece a importância das mulheres do campo, da floresta e das águas e valoriza a participação social na construção de políticas públicas.

A 7ª Marcha das Margaridas foi aberta oficialmente na noite de ontem, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fazer anúncios hoje, quarta-feira (16/08) em resposta às principais demandas das mulheres. Ainda em junho, a organização da marcha levou a pauta de solicitações ao governo federal.

Desde 2000, o nome da marcha é uma homenagem a Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983 em resposta a sua luta pelos direitos da categoria. Desde então, a liderança se tornou símbolo da resistência de milhares de homens e mulheres que buscam justiça e dignidade. Latifundiários da região são suspeitos do homicídio. Mas, até hoje, o crime segue sem solução e os mandantes não foram condenados.

O caso de Margarida Maria Alves chegou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em abril de 2020, a comissão concluiu que o Estado brasileiro é responsável pela violação dos direitos à vida, integridade pessoal, proteção e garantias judiciais de Margarida Alves. O relatório ainda faz recomendações ao Estado brasileiro sobre como reparar integralmente os familiares da vítima; a investigação efetiva para esclarecer os fatos; o fortalecimento do Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos, concentrando-se na prevenção de atos de violência.

SL
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