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Acordo pode gerar reajuste de aposentados

Congresso tenta acordo para dar aumento para aposentados que recebem mais que o mínimo

MP deu aumento de 6,14% para quem ganha acima do mínimo.

Base aliada negocia forma de fazer crescer esse percentual.

 

Líderes e deputados ligados às causas dos aposentados estão tentando construir um acordo para dar um aumento para quem recebe benefícios maiores do que um salário mínimo maior do que foi concedido pelo governo em janeiro, de 6,14%. A discussão acontece no âmbito de uma Medida Provisória que trata do reajuste. A MP é uma das nove que está trancando a pauta na Câmara, mas os deputados buscam construir um acordo desde já que envolva o Senado.

Em uma reunião nesta quarta-feira (7) na liderança do governo os deputados discutiram a questão. O acordo, no entanto, ainda não foi fechado. O líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP) propôs que o percentual de reajuste suba para 7%, mas os deputados ligados aos aposentados defendem um valor ainda maior. O reajuste seria retroativo a janeiro, quando o percentual de 6,14% começou a ser pago.

O deputado Paulinho da Força (PDT-SP), que preside a Força Sindical, é um dos que busca envolver o Senado na negociação dele. O temor dele é que o Senado dê um percentual de aumento maior do que o negociado na Câmara e, com isso, os deputados acabem depois descumprindo algum acordo que for fechado agora só nessa Casa.

“A proposta até agora é de 7%, mas tem divergências ainda. A base toda acha que se o Senado fizer algo maior a Câmara vai acabar aprovando depois. Então, o melhor é tentar um acordo único desde já”, afirmou Paulinho.

Segundo ele, o Senado estaria propenso a dar um aumento maior, de 7,7%, o que equivaleria a um reajuste baseado na inflação mais 80% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008. De acordo com Paulinho, a ampliação do reajuste para 7% teria um impacto de R$ 1,1 bilhão nas contas da previdência, enquanto a proposta maior traria um gasto de R$ 1,7 bilhão. “É uma diferença pequena, de cerca de R$ 600 milhões”, argumenta.

O líder do governo diz que seguirá buscando um acordo. Ele ressalta que mesmo a proposta de 7% ainda não está fechada com o Executivo. Vaccarezza destaca que é preciso chegar a um ponto comum entre Câmara e Senado, mas disse que não será dado um aumento acima das possibilidades da Previdência Social. “O limite nosso é a responsabilidade e fazer os cálculos para ver o que a Previdência pode pagar”.

Na busca de um acordo, Paulinho da Força sugeriu que o novo aumento não fosse retroativo, passando a vigorar somente a partir de 1 de maio. Com isso, seria possível dar o reajuste maior. A proposta foi rejeitada por Vaccarezza. O líder do governo ressaltou que não seria correto mudar a data-base da categoria. Diante do impasse, as possibilidades da MP ser votada ainda nessa quarta-feira é pequena, na visão de Vaccarezza.

 

 

 

G1

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