Categorias: Brasil

Aeronáutica aponta falha do piloto em acidente que matou Campos

PUBLICIDADE

 Investigação da Aeronáutica concluiu que o acidente que matou em agosto passado o ex-governador de Pernambuco e então candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, foi causado por uma sequência de falhas do piloto da aeronave, Marcos Martins, informou nesta sexta (16) o jornal “O Estado de S. Paulo”.

Segundo a publicação, ao se ver obrigado a abortar o pouso e arremeter bruscamente, o piloto operou os aparelhos da aeronave em desacordo com as recomendações do fabricante e acabou sofrendo o que é tecnicamente descrito como “desorientação espacial” –quando o piloto deixa de ter noção da posição do avião em relação ao solo. A conclusão do relatório da Aeronáutica, ainda segundo o “Estadão”, baseou-se em informações dos últimos segundos do voo, quando o avião caiu em ângulo acentuado e em “potência máxima”.

Especialistas já indicavam que uma situação como essa poderia ocorrer por dois motivos: porque o piloto perdera o controle da aeronave, ou porque achava que estava subindo, sem perceber que o avião na verdade embicava para baixo. Na última comunicação feita com sucesso com a torre de controle de Santos (72 km de São Paulo), o copiloto da aeronave, Geraldo Cunha, confirmou que o avião iria arremeter.

A manobra era necessária por causa do mau tempo no local –havia chuva, vento e visibilidade baixa. Cunha ficou de dar um retorno à torre de comando sobre como ele e o piloto Marcos Martins iriam proceder depois de desistir do pouso, mas ficaram incomunicáveis. Pouco depois, o jato caiu, matando as sete pessoas que estavam a bordo.

TRAGÉDIA
O desastre aéreo de 13 de agosto chocou o país ao matar Campos, mudando o rumo da campanha à sucessão. Aos 49 anos, o pernambucano estava em ascensão: começava carreira em nível nacional e era considerado um nome novo e promissor da política brasileira. Ele viajava do Rio ao litoral paulista quando o jato caiu em Santos.

Também morreram quatro assessores e os dois pilotos. Marina Silva, sua vice na chapa, o substituiu na disputa para em seguida, sob a saraivada de acusações lançadas pelas campanhas dos outros candidatos, desmentir a maioria da previsões e perder sua chance de ir ao segundo turno.

Impossível saber se Campos, em vez de Marina, teria impedido a polarização PT/PSDB. Ao morrer, o candidato tinha 8% das intenções de voto. No currículo do deputado federal, ministro do governo Lula e presidente do PSB brilhavam mais os dois mandatos como governador de Pernambuco, ambos muito bem avaliados. Campos representava a esperança de um caminho do meio. Morreu no mesmo dia que o avô, o líder de esquerda Miguel Arraes (1916-2005). Seu funeral reuniu 160 mil pessoas no Recife.

 

Folha de São Paulo

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Inmet emite alerta de baixa umidade para 58 municípios da Paraíba

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou, neste sábado (04), um alerta de baixa umidade…

4 de janeiro de 2025

Família é resgatada após naufrágio em moto aquática no rio Paraíba

Uma família composta por um pai e seus dois filhos, de 17 e 11 anos,…

4 de janeiro de 2025

João Pessoa é destaque na BBC como destino turístico em alta no NE: de capital ‘esquecida’ a nova ‘queridinha’ do verão

A capital paraibana, João Pessoa, está em evidência internacional. Neste sábado (04), a cidade foi…

4 de janeiro de 2025

Operação Verão 2025 combate loteamento irregular da faixa de areia em Cabedelo

Na manhã deste sábado (04), na orla de Cabedelo, ocorreu a Operação Verão 2025, uma…

4 de janeiro de 2025

Foto de ministro de Lula ao lado de Cássio Cunha Lima em Camboinha aquece especulações sobre articulações políticas

Neste sábado (04), uma foto tirada em Camboinha, em Cabedelo, trouxe à tona um encontro…

4 de janeiro de 2025

Ossada humana é encontrada em região de mata próxima ao açude de Bodocongó, em CG

Uma ossada humana foi localizada na noite dessa sexta-feira (03) em uma área de mata…

4 de janeiro de 2025