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Atriz Mayana Neiva celebra 30 anos

 Há 30 anos uma médica paraibana esperava sua primeira filha quando foi diagnosticada com rubéola. Logo depois do parto, grata pelo milagre de dar à luz uma criança forte e saudável, Magdala registrou a menina com o nome Mayana, em referência a uma vertente do budismo que ensina sobre uma vida de compaixão, empenho, libertação e persistência.

 

Hoje essa história tem novo peso para a atriz Mayana Neiva, no ar como a Charlene de ”Sangue Bom”. Em 2013, além de se tornar uma balzaquiana, ela completa dez anos longe de sua terra, a Paraíba.

 

“Minha mãe diz que fui tinhosa para nascer. E eu trouxe isso para a vida na hora que correr atrás dos sonhos e dos objetivos. Neste ano eu vivo um momento simbólico, de reflexão, e de alegria também. Sinto que tenho uma história sólida que orgulha muito a minha família. Comecei com o pé direito na minha profissão graças ao grupo de teatro do diretor Antunes Filho. Meu trabalho lá me abriu portas para estrear na TV na minissérie ‘A Pedra do Reino’, com uma personagem incrível, pela qual até raspei a cabeça. Marcou minha vida de uma forma visceral. É delicioso olhar para atrás e recontar essa história para mim mesma, mas sinto que há muito mais para ser desbravado”, reconhece a atriz em um papo com o EGO na Lagoa Rodrigo de Freitas, uma das suas paisagens preferidas no Rio de Janeiro.

 

Essa história, muitas vezes ritmada como um cordel, começou em Campina Grande, cidade com 390 mil habitantes na Paraíba. Foi lá que, mesmo sem ter o menor jeito com as passarelas, a moça virou Miss Paraíba. Depois, Mayana viajou, ainda adolescente, para estudar interpretação nos Estados Unidos. Ela voltou, mudou-se sozinha para São Paulo, lugar onde construiu uma relação sólida com o teatro, e transformou o flerte com a TV em paixão. Agora, o bom momento profissional entra em sintonia com o coração da atriz. Mayana acaba de comemorar um ano de namoro com o chef americano Rich Torrisi, de 32 anos, sócio de um restaurante renomadíssimo em Nova York.

 

“Vivemos uma relação na ponte aérea, e isso nem sempre é fácil, mas estamos felizes, em paz… ”, define, despistando sobre o assunto casamento: ”Não fico pensando nisso, nessas formalidades, quero muito ter filhos, minha casa, minha família, mas estou despreocupada com a pressa e com os rótulos. Esses 30 anos não me dizem nada. Não me sinto em crise ou achando que é hora de colocar os carros na frente dos bois”, completa.

 

Serenidade e múltiplos talentos

Apesar do namoro estável, a paraibana segue sujeita às fofocas quando o assunto é vida amorosa. Recentemente, ela foi apontada pela colunista Leo Dias, do jornal ”O Dia”, como novo affair do ator e modelo Pablo Morais. ”Toda vez que estou no ar dizem que algum colega é meu novo namorado. No caso do Pablo, eu estava numa mesa de bar, cheia de amigos, e noticiaram uma história como se eu estivesse sozinha com ele. Não posso fazer nada”.

 

A tranquilidade para lidar com os percalços não existe à toa. Formada em filosofia pela Universidade Católica de São Paulo, Mayana também é adepta da técnica de autocura Ho’oponopono, antiga prática havaiana que busca o alcance da gratidão, do perdão e da consciência.

 

”Eu acredito muito que somos vítimas de nós mesmos. Que falhamos quando acreditamos que vamos falhar, mas que progredimos e melhoramos quando temos pensamentos positivos. Acredito também que recebemos aquilo que damos para o mundo e para as pessoas, por isso, estou sempre me esmerando nesse exercício de convivência com o próximo”.

 

Essa visão do mundo é uma das poucas coisas que Mayana e Charlene, sua atual personagem, têm em comum. ”A Charlene é uma maquiadora determinada, pra cima, que olha o mundo com bons olhos, mas que também tem muita sensibilidade para pereceber pessoas. Fazer essa mulher tem sido um presente. Como tem sido um presente atuar com um ator generoso e querido como o Marco Ricca”.

 

Mas esse encantamento com a personagem tem seu preço: ”Estou me entregando tanto a ela que coloquei megahair, embarco diariamente no ritual de fazer tatuagens antes de entrar em cena e quis fazer um piercing de verdade na orelha, que até hoje não está totalmente cicatrizado. Trouxe isso da Charlene para mim. Somos diferentes nesse exterior. Nossos figurinos também são bem distantes. Sou mais discreta e a Charlene adora sobreposições, tops coloridos. Outro dia minha avó me ligou depois da novela para avisar que meu sutiã estava aparecendo em cena. Morri de rir ”, diverte-se.

 

Mesmo com a distância, a relação com a família é tão forte que o nascimento de sua sobrinha, Marina, chegou a inspirar o lado escritor da atriz. Em 2011 ela lançou o livro infantil ”Sofia”, sobre uma menina que engoliu o sol. ”Fiquei tão comovida quando a Marina veio ao mundo que acabei resgatando essa vontade de escrever. Mas a vontade sempre existiu, sempre gostei de papel e caneta. Ainda quero escrever outras obras, talvez com contos… Quem sabe em breve?”.

 

O plano atual é se dedicar à TV e tornar mais sérias suas aventuras amorosas com o cinema, sobretudo depois de a importante participação que fez no filme argentino “Infância clandestina”, sucesso de público e de crítica em 2011. Teatro, TV, literatura e cinema. As facetas da moça não terminam aí, ela também já compôs músicas e chegou a integrar uma banda de rock chamada Evoeh. ”Gosto de brincar, e acho que isso é uma característica primeiro do próprio ator. Eu me olho como um papel em branco e me divirto pensando em como colorir ele e descobrir novos mundos. Sou meio menina, meio Peter Pan”.

 

 

 

EGO

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