Em meio a uma crise com Israel, o Brasil recebe hoje, quarta-feira (21/02) ministros de Relações Exteriores dos países do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo. O evento ocorre até amanhã quinta-feira (22/02) no Rio de Janeiro.
Os chanceleres dos países do G20, o grupo das maiores economias do mundo, se reúnem na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, para debater temas prioritários como reforma da governança global e crise internacional.
A Reunião de Ministros de Relações Exteriores do G20 é o primeiro encontro em nível ministerial realizado pela presidência brasileira do grupo.
Estarão presentes representantes de todos os membros do G20 (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e União Europeia).
O Brasil assumiu, em 1º de dezembro de 2023, a presidência rotativa do G20. A presidência brasileira do grupo vai se estender até 30 de novembro de 2024, após a realização da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do G20, em 18 e 19 de novembro de 2024. Até lá, terão sido realizadas cerca de 130 reuniões, em formato virtual ou presencial. As reuniões presenciais ocorrerão em 15 cidades, nas cinco regiões do Brasil.
O Grupo dos 20 (G20) foi criado para ampliar a coordenação entre as maiores economias do mundo no enfrentamento de crises financeiras com impactos globais.
Em resposta à crise asiática de 1997-1998, estabeleceu-se, no ano seguinte, o primeiro modelo do G20, congregando Ministros da Fazenda. Paralelamente, em nível técnico, foram criados grupos de trabalhos para debater temas financeiros internacionais.
O principal tema, segundo o Itamaraty, será a reforma de organismos multilaterais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Também serão debatidos o combate à fome e a transição energética —essa será uma prévia da cúpula com participação dos chefes de estado do G20, a ser realizada em 18 e 19 de novembro, também no Rio.
Entre outros, estarão no evento desta quarta-feira Anthony Blinken, secretário de Estado do governo Joe Biden, dos Estados Unidos, e Sergei Lavrov, da Rússia. Nesta quarta (20), a Casa Branca responsabilizou a Rússia pela morte de Alexei Navalny, líder da oposição morto na sexta-feira (16) em uma prisão na Sibéria.
O G20 não é uma instituição como a ONU ou a Organização Mundial do Comércio, que têm secretariado. Na prática, é um grupo de diálogo. Ao país que preside temporariamente o G20, cabe receber os representantes de outros países, organizar as reuniões e pautar as discussões.
O Brasil preside desde 1º de dezembro de 2023 o G20. O mandato vai até 30 de novembro deste ano. Ainda não há uma lista confirmada de presença, mas sabe-se que pelo menos três países não vão enviar os ministros, mas, sim, os vice-chanceleres, sendo eles, China, a Índia, e a Itália.
Como presidente temporário do grupo, o Brasil escolheu três temas prioritários para serem discutidos ao longo do ano. Os temas são os seguintes: Combate à fome, à pobreza e às desigualdades; Transição energética e enfrentamento às mudanças climáticas, e Reformas das instituições multilaterais.
Na véspera do encontro do G-20, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, criticou o chanceler do governo israelense, Israel Katz, por declarações dadas nos últimos dias sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vieira classificou como “insólito e revoltante” a forma como Katz se referiu a Lula.
Redação