Ciro Gomes (PDT) avalia como “grave” a tentativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “intimidar” opositores e adversários. O ex-ministro e ex-governador do Ceará, que disputou a eleição presidencial em 2018, virou alvo da PF (Polícia Federal) por ter criticado o chefe do Executivo.
“Particularmente não ligo para esse ato contra mim, mas considero grave a tentativa de Bolsonaro de intimidar opositores e adversários. Entendo que é um ato de desespero de quem vê sua imagem se deteriorar todos os dias pela gestão criminosa do Brasil na pandemia”, escreveu Ciro em seu perfil no Twitter.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a PF investiga um possível crime de Ciro Gomes contra a honra de Bolsonaro. O pedido de abertura do inquérito foi assinado pelo próprio presidente, baseado em uma entrevista de Ciro Gomes à Rádio Tupinambá, de Sobral (Ceará), sobre as eleições muncipais de novembro do último ano.
Segundo Gomes, o baixo apoio aos candidatos lançados pelo presidente mostravam “repúdio ao bolsonarismo, à sua boçalidade, à sua incapacidade de administrar a economia do país e seu desrespeito à saúde pública”. Além disso, Ciro também chamou o presidente de “ladrão” e falou sobre o caso de rachadinhas (desvio do salário de servidores públicos).
Na entrevista, Ciro também critica o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, perguntando qual seu papel no combate à corrupção, já que “passava pano e acobertava a ladroeira do Bolsonaro”, citando as acusações do Coaf contra os filhos e a esposa de Bolsonaro, além do ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz.
A investigação tem como base o artigo 145 do Código Penal, que fala de crime contra a honra de funcionário público, no exercício de suas funções.
Fonte: Yahoo