A Polícia Federal vai promover, nas próximas semanas, um troca-troca em alguns dos seus principais postos, a começar pela DIP (Diretoria de Inteligência Policial), responsável pelas grandes operações deflagradas nos cinco últimos anos.
A DIP é responsável pela Operação Satiagraha, que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas e no indiciamento do delegado Protógenes Queiroz, suspeito de cometer irregularidades à frente da investigação.
O delegado Daniel Lorenz deixará a DIP até agosto e seguirá para a Colômbia, onde será adido policial da Embaixada do Brasil. Será substituído por David Salem, atual superintendente em Minas.
A Folha apurou que a troca não tem razões políticas. Aliado do diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, Lorenz já deixaria o cargo no fim do ano, quando se aposentaria.
Salem também é afinado com Corrêa. Antes de chegar a Minas, chefiou a delegacia de Joinville e trabalhou na área de inteligência no Rio. Foi ele quem presidiu a investigação do propinoduto, que resultou na condenação de 22 envolvidos com o envio ilegal de US$ 33,6 milhões para a Suíça.
Segundo a PF, as mudanças são consequência da necessidade de preencher cargos vagos e tiveram início no fim de 2008, quando o então superintendente do Rio, Valdinho Jacinto Caetano, assumiu a Corregedoria Geral.
Outra mudança acontece na Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros. O titular, Paulo de Tarso Teixeira, será o superintendente em Pernambuco. Seu substituto ainda não foi escolhido.
Já na Coordenação Geral de Polícia, saiu o delegado Rômulo Berredo, que atuou no inquérito sobre o suposto grampo no presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e entrou Cláudio Gomes, atual superintendente na Paraíba. Berredo será adido na Itália.
Da Redação