Categorias: Brasil

Corpo de brasileira assassinada na Nicarágua já está no Recife

PUBLICIDADE

O corpo de Raynéia Gabrielle Lima, de 30 anos, brasileira assassinada em Manágua, capital da Nicarágua, onde estudava medicina na Universidade Americana (UAM), chegou no Recife no começo da madrugada desta sexta-feira (3). O velório está previsto para as 8h e o enterro, às 14h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana da capital Pernambucana.

A estudante de medicina foi morta com um tiro no peito no dia 23 de julho, quando estava indo para a universidade. O reitor da UAM, Ernesto Medina, disse, na ocasião, que a brasileira foi assassinada a tiros por “um grupo de paramilitares” no sul da capital.

Dias depois, a polícia nicaraguense informou sobre a prisão de Piersen Guiérrez Solis, de 42 anos, suspeito de ter matado Raynéia, e que tinha em seu poder uma carabina M4, a mesma arma que teria sido usada para matar a brasileira. Em comunicado anterior, a polícia chegou a dizer que o crime teria sido cometido por um guarda de segurança privado, mas não fez relação com o suspeito preso.

No entanto, a versão da polícia foi contestada pelo reitor da universidade. Segundo Medina, as autoridades nicaraguenses estariam encobrindo um crime cometido por paramilitares, simpatizantes do governo do presidente Daniel Ortega. O governo brasileiro divulgou nota, exigindo das autoridades nicaraguenses todos os esforços necessários para identificar e punir os responsáveis pelo assassinato e chamou para consulta o embaixador brasileiro na Nicarágua, Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos. 

A morte de Raynéia ocorreu em meio à maior onda de violência no país, desde o fim da guerra civil, em 1990. Segundo a Associação Nicaraguense pelos Direitos Humanos, 448 pessoas morreram em 100 dias de protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que tem equipes no país investigando as denúncias, acusou a polícia e grupos paramilitares de usarem força letal para reprimir os manifestantes – muitos deles jovens estudantes que ocuparam universidades e ergueram barricadas. “Atiram para matar”, disse o secretário-executivo da CIDH, entidade ligada a Organização dos Estados Americanos (OEA).

Crise

A Nicarágua vive uma crise sociopolítica com manifestações que se intensificaram, desde abril, contra o presidente que se mantém há 11 anos no poder em meio a acusações de abuso e corrupção, de acordo com organizações humanitárias locais e internacionais.

Agência Brasil

Garanta um desconto especial na sua certificação digital no Juristas Certificados Digitais

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Polícia Militar apreende bala de canhão do tamanho de um braço na Grande João Pessoa

Uma operação da Polícia Militar resultou, na manhã deste sábado (26), na apreensão de uma…

26 de outubro de 2024

Roberto Burity é reconduzido presidente do Botafogo da Paraíba; posse ocorrerá em novembro

Por aclamação, Roberto Burity foi reeleito presidente do Botafogo Futebol Clube para o biênio 2024-2026,…

26 de outubro de 2024

Falso corretor de imóveis é preso novamente por golpes e violência doméstica na Grande João Pessoa

Um estelionatário com longa ficha criminal, conhecido por aplicar golpes como falso corretor de imóveis…

26 de outubro de 2024

Crença na vitória de Cícero Lucena na eleição deste domingo chega a 71,1%, aponta pesquisa PB Agora/Datavox

A confiança dos eleitores na vitória do prefeito Cícero Lucena (Progressistas) no segundo turno das…

26 de outubro de 2024

Incêndio atinge Lojinha do Treze em CG, mas rapidamente é controlado pelos Bombeiros

Um incêndio de pequenas proporções atingiu a Lojinha do Treze, localizada na esquina do Calçadão…

26 de outubro de 2024

Apenas um trecho do litoral paraibano está impróprio para banho, aponta relatório da Sudema

Em recente avaliação realizada pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), a qualidade das…

26 de outubro de 2024