A entrega de cartas e encomendas na maior parte das localidades afetadas pela greve dos Correios deve ser normalizada em até sete dias úteis. Os trabalhadores que estavam parados desde o dia 17 de setembro retornaram às atividades nesta quinta-feira por decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) no julgamento do dissídio na terça-feira.
De acordo com os Correios, nos locais em que não havia paralisação, a situação já é de normalidade — Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Tocantins e Amapá, além da região metropolitana de São Paulo e das regiões de Bauru (SP) e Sorocaba (SP). A rede de atendimento está aberta em todo Brasil e todos os serviços, inclusive o Sedex e o Banco Postal, estão disponíveis. A previsão da empresa é voltar a disponibilizar na próxima segunda-feira os serviços de hora marcada que foram suspensos nas localidades que deflagram paralisação.
Os trabalhadores exigiam aumento real de 15% sobre os salários, reposição da inflação de 7,13%, aumento linear de R$ 200, reposição de 20% de perdas salariais e jornada de seis horas diárias para os atendentes. Contudo, a proposta dos Correios era de reajuste de 8%, reposição salarial de 6,27%, ganho real de 1,7%, vale-extra de R$ 650,65 e vale-cultura, no valor de R$ 50.
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TST entendeu que a proposta da empresa atendia em parte as reivindicações e acolheu o argumento de que o reajuste pedido pela categoria teria um impacto de R$ 31,4 bilhões por ano. O TST também decidiu pela manutenção do plano de saúde dos trabalhadores tal como está. Os empregados alegavam que os Correios estariam tentando repassar a administração da carteira para uma empresa privada. De acordo com a decisão, qualquer alteração só poderá ser feita com aprovação de uma comissão de trabalhadores e dos Correios.
Terra