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Descontrole nos gastos e populismo

Faz semanas que o mercado está esperando medidas estruturais de corte de gastos. Os números são alarmantes: o déficit nominal, em 12 meses, passou de mais de um trilhão de reais. O descontrole dos gastos impacta a inflação, o valor do dólar e trava a economia com uma Selic alta.

Se o Brasil não fizer reformas estruturais, vai quebrar! A Previdência Social é um regime extraordinariamente deficitário, uma pirâmide financeira que pode ruir nos próximos anos. Os privilégios da elite do funcionalismo público são imorais e expropriam do pobre para manter uma casta.

Então, o ministro da economia, Haddad, já conhecido por ter passado quase dois anos aumentando arrecadação com mais taxação sobre a população, vem a público propor uma medida populista que pode aumentar ainda mais o déficit público.

Ao invés de se concentrar em cortes de gastos e privilégios, Haddad propõe isentar o Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil reais. Parece bom, não é? O problema é que essa medida vai aumentar significativamente o déficit público, prejudicando ainda mais as contas públicas e os mais pobres.

Em contrapartida, o ministro propõe taxar ainda mais os que são ricos. Ocorre que a experiência demonstra que pessoas mais ricas retiram seu capital do país para evitar mais taxação. Em um mundo globalizado, a fuga de capital resulta em mais déficit público e fuga de investimentos.

O resultado dessa postura populista, que já está pensando nas eleições de 2026, foi que o dólar atingiu o valor mais alto desde o Plano Real. Isso tende a pressionar ainda mais inflação e travar ainda mais a economia com uma Selic mais alta. A conta do populismo sobra para o pobre!

Está tudo na direção errada? Não. Haddad está certo ao buscar mais eficiência na aprovação de benefícios pevidenciários e na concessão de Bolsa Família e BPC. Principalmente, está certo quanto a querer coibir os altos salários do funcionalismo público. É fundamental que o Brasil impeça que servidores públicos recebam acima do teto constitucional.


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