Ao pensarmos rapidamente, associamos o “estar solteiro” ao simples fato não ter um parceiro afetivo. Porém, se olharmos mais profundamente, perceberemos como muito mais coisas podem estar por trás dessa palavra. Quando ouvimos que alguém está solteiro, diversos sentimentos podem passar em nossa cabeça: para alguns denotará algo alegre, como diversão, farra, liberdade. Para outros, serão associados significados mais tristes, como solidão e sensação de que falta algo, de estar incompleto. Para falar desse tema o psicólogo Marcelo Labáki Agostinho, sobre esse tema, que neste domingo 15 de agosto, se comemora no Brasil como o “Dia dos Solteiros”.
No Brasil, de acordo com o Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 89 milhões de pessoas acima de dez anos com o estado civil solteiro. Desse total, cerca de 1,8 milhão estão na Paraíba e mais de 340 mil deles em João Pessoa. “Talvez haja hoje um descrédito na relação conjugal e, por isso, o número de solteiros cresça “, afirma o psicólogo Marcelo Labáki Agostinho.
“É um mito pensar que estar casado evita a solidão. A verdade é que ninguém garante que um casamento traga bons vínculos. E o solteiro também pode criar ótimas relações de amizade, circular por grupos e ter uma boa qualidade de vida”, diz Agostinho.
Por isso, é importante a pessoa tentar entender o motivo pelo qual está solteira e aprender a lidar de maneira leve e descontraída com essa fase da vida. “Existe, sim, um preconceito velado. Para fazer frente a isso, é preciso ter uma autoestima bastante estabelecida e uma boa vida social”, diz Agostinho. “Não existe só um modelo na sociedade. Ser solteiro é uma escolha e um modo de vida”.
Redação