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Expectativa de vida dos brasileiros sobe para 74,9 anos, segundo IBGE

 Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2013, a expectativa de vida ao nascer no Brasil, para ambos os sexos, subiu para 74,9 anos. A Tábua Completa da Mortalidade 2013, calculada pelo instituto, foi publicada na edição desta segunda-feira (1º) do Diário Oficial da União. A tabela mostra a expectativa de vida para todas as idades até os 80 anos.

A taxa apresenta um pequeno aumento em relação a 2012, quando a esperança de vida do brasileiro era de 74,6 anos. Mas, se comparada há dez anos, a expectativa de vida do brasileiro aumentou mais de três anos. Em 2003, era de 71,3 anos.

 

No entanto, segundo Fernando Albuquerque, gerente do Projeto Componentes da Dinâmica Demográfica do IBGE, o enfoque da tábua foi o período de 1980 a 2013 “em função da pouca variabilidade se compararmos com 2012. Tivemos leve acréscimo de 3 meses e 24 dias em relação à expectativa de 2013”.
“Eu acho que cada vez mais estamos postergando a velhice”, concluiu Fernando Albuquerque.

Crianças e idosos
“A gente observa principalmente redução em dois grupos, crianças, mortalidade infantil, e mortalidade final, dos idosos, principalmente de 70 anos ou mais. Eram probabilidades relativamente altas em 1980″, analisou o gerente. “A redução da mortalidade infantil está muito associada a melhorias ambientais, higiene públicas. Aumento de proporão de domicílio com saneamento adequado”, acrescentou.

De acordo com Fernando, houve acréscimo de 12,4 anos na expetativa de vida entre 1980 e 2013. “Aí sim podemos ver que os ganhos foram significativos. Aumenta o diferencial entre os sexos e em grande parte dessa diferença é proveniente de fatos violentos, como homicídio, acidentes de trânsito”.

A diminuição da mortalidade entre idosos se deu pelo predomínio de mulheres na população idosa e do crescimento dos idosos mais velhos na composição da população brasileira. “Em função da vacinação dos idosos, programa de valorização e saúde dos idosos, mutirão de cirurgia de cataratas e distribuição de medicamentos para doenças prevalentes”.

As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil são divulgadas todo ano pelo IBGE e são usadas pelo Ministério da Previdência para calcular aposentadorias. Os dados também permitem calcular a vida média para cada idade.

Mais expectativa em Santa Catarina
A unidade da federação com maior expectativa de vida ao nascer para ambos os sexos em 2013 foi Santa Catarina, com 78,1 anos. O estado também apresentou a maior esperança de vida para mulheres (81,4 anos) e homens (74,7 anos). Nos estados do Espírito Santo, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul, as mulheres também ultrapassaram a barreira dos 80 anos.

“Ainda existem diferenciais significativos entre unidades da federação”, analisou Fernando. Em 1980 o Rio Grand do Sul detinha a menor taxa e Alagoas a maior. “Com diferença de 12 anos”.

Santa Catarina também se destacou em relação à mortalidade infantil com a menor taxa observada, 10,1 por mil nascidos vivos. A maior taxa foi analisada no Maranhão (24,7 mil). O mesmo ocorre na mortalidade na infância. Maranhão tem o maior resultado, com 28,2 mil e Santa Catarina a menor, 11,8 mil.

Entre 2012 e 2013, foram analisados aumentos na expectativa de vida em todas as idades e redução da mortalidade feminina dentro do período fértil (15 a 49 anos).

Homens com 18 anos
A idade em que a probabilidade de morte não apresentou declínio significativo entre 1980 e 2013 foi de 18 anos para o sexo masculino. “Concidentemente ou não, é a idade que tira a primeira habilitação. Seriam óbitos por causa de homicídio, suicídio, principalmente acidente de trânsito. São as principais causas”, afirmou Fernando Albuquerque.

Em 1980, para cada mil jovens que atingiam os 18 anos, dois não completariam 19 anos, mesmo valor observado em 2013, segundo o IBGE.



G1

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