Os técnicos da Aeronáutica responsáveis por investigar o acidente com um avião que levava Angélica, Luciano Huck e seus três filhos apuram a suspeita de que o combustível usado na aeronave pudesse estar com problemas, contaminado ou adulterado.
O piloto que trazia a família após a gravação de um programa no interior do estado para a capital, Campo Grande, teve que fazer um pouso forçado após constatar problemas no filtro do tanque de combustível, levando à perda de potência dos motores. Os apresentadores da TV Globo tiveram ferimentos leves e passam bem.
Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), amostras do combustível, do óleo do avião e os dois filtros dos motores foram retirados da aeronave acidentada, um Embraer modelo 820 C. Uma equipe da Embraer acompanhou o trabalho.
O material foi levado para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da FAB, em São José dos Campos (SP), onde será periciado.
Os técnicos do DCTA vão analisar o processo de conservação dos fluídos, como foi a forma de abastecimento do combustível, se há mistura de químicos e também analisar a bomba do tanque.
A perícia também busca verificar se havia alguma falha nos filtros das bombas que irrigam os tanques do avião.
Já os sistemas de combustíveis (que englobam os tanques e as bombas e estão localizados nas asas do modelo) continuam no local do acidente, uma fazenda a 30 km de Campo Grande.
Os investigadores estão nesta terça desmontando a aeronave para que ela possa ser movimentada e analisada em um local seguro. A comissão que apura as causas do acidente vai recolher os dois sistemas de combustíveis para investigá-los.
Perda de motor
Após o acidente, o piloto Osmar Frattini, de 52 anos, afirmou que, faltando de 10 a 25 minutos para completar o trajeto entre Miranda e Campo Grande, acendeu no painel o alarme de emergência que apontava uma falha no filtro de combustível do motor esquerdo e que, imediatamente, acionou a bomba auxiliar, mas que continuou sem resposta.
G1