A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou a estratégia anunciada pela oposição na Câmara que consiste em obstruir as votações da Casa até que o presidente, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), paute o requerimento de urgência do “PL da Anistia”.
A estratégia foi anunciada pelo Partido Liberal (PL) após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) réu por suposta “trama golpista”.
“Com tantas pautas importantes para o povo e para o país, obstruir é colocar os interesses de Bolsonaro à frente dos interesses do Brasil”, afirmou Gleisi à CNN Brasil, nesta quinta-feira (27).
PL da Anistia
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), já disse que o requerimento de urgência para votação do projeto está pronto, dependendo apenas da decisão de Motta.
“A decisão sobre o PL da Anistia, se vamos pautar o requerimento de urgência, que é o que nós já estamos prontos para fazê-lo, ou se ele quer uma comissão especial, é do presidente Hugo Motta. Nós não estamos afrouxando nada”, ressaltou.
Sóstenes disse ainda que “o projeto prioritário número um para o PL e para a oposição, a partir de agora, é a anistia”.
“Seja a forma que o presidente Hugo decidir, nós não estamos voltando e flexibilizando nada e jamais faremos, porque os presos do dia 8 de janeiro esperam de nós, parlamentares, uma resposta para ontem. Porque para quem está preso injustamente, um dia é uma eternidade. Então, anistia já”, afirmou o parlamentar na semana passada.
Motta já sinalizou que o projeto deve passar por uma comissão especial. A decisão teria como base um acordo firmado anteriormente pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com PL e PT.