O relatório da Polícia Federal é chocante: militares do Exército e agente da própria Polícia Federal tramaram para matar Lula, Alckmin e Moraes.
Juridicamente, a questão é: houve atos executórios ou só cogitação? Primeiramente, o relatório apresenta um documento de planejamento em que constam informações dos alvos, como: “locais de frequência e estadia”, “itinerários”, “horários”, “agenda”, etc.
O documento “Planejamento – Punhal Verde Amarelo” indica um mapeamento do comportamento dos alvos do plano. Em seguida, houve concreto monitoramento de cada um dos alvos.
Houve também, segundo a Polícia Federal, aproximação da execução do crime contra o ministro Moraes, que não se concretizou porque a sessão do STF havia terminado mais cedo do que o esperado. Assim, é razoável perceber que houve atos executórios dos crimes, não apenas planejamento.
Politicamente, o relatório demonstra que parte da direita mais radical chegou a cogitar assassinatos de autoridades públicas devido à inconformidade com o resultado eleitoral. Tratam-se de agentes do Estado que agiram de forma criminosa sob motivação política.
É lamentável que pessoas radicalizadas politicamente tenham agido de forma tão imoral e criminosa. O Brasil precisa aprender a lição de que extremismo político leva à destruição.