O ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terão que dar explicações no Congresso sobre a manutenção de offshores em paraísos fiscais. Os requerimentos foram aprovados na Câmara e no Senado após notícias de que os dois integram o grupo de autoridades que mantém dinheiro no exterior.
De acordo matéria do Blogo do Suetoni, na Câmara, a convocação de Guedes foi aprovada pela comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público. O requerimento foi apresentado pelos deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e Paulo Ramos (PDT-RJ). Eles querem que o ministro esclareça suas movimentações financeiras no exterior através de offshore.
“Há indícios graves de que Paulo Guedes manteve offshore em desacordo com o Código de Conduta da Alta Administração Federal, além de ter atuado na reforma tributária para retirar a tributação de offshores, o que configura, no mínimo, conflito de interesse”, disse Kataguiri à Folha de São Paulo. “O ministro deve explicações à sociedade”, acrescentou. Como se trata de uma convocação, o ministro é obrigado a comparecer. Ainda não há data.
O Senado abriu o leque, incluindo Guedes e Campos Neto, só que no caso da Casa Alta houve convite e não convocação. A aprovação foi feita na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Por se tratar de convite, eles não são obrigados a comparecer, mas o líder do governo na Casa, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que os dois já se comprometeram a ir ao colegiado em 19 de outubro.
A existência dos investimentos de Guedes e Campos Neto no exterior foi revelada neste domingo (3) por veículos como a revista Piauí e o jornal El País, que participam do projeto do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ. Os documentos fazem parte da Pandora Papers, investigação sobre paraísos fiscais promovida pelo consórcio.
Os parlamentares querem que o ministro e o presidente do BC expliquem as razões e as circunstâncias para manterem os investimentos. Eles também querem saber se Guedes tem “outras empresas ou investimentos similares” em instituições financeiras no exterior. O requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), argumenta que “diante das flutuações do câmbio nos últimos anos, há de se apurar se não caracteriza conflito de interesse por parte do Ministro da Economia a manutenção da referida offshore com volume vultoso de aplicação em dólares, quando da condução da política econômica do Brasil”.
O presidente da CAE, Otto Alencar (PSD-BA), defendeu que Guedes explique ainda por que ele defendeu excluir taxação de paraíso fiscal da proposta de reforma do Imposto de Renda. Com informações da Folha de S. Paulo.
Você pode também conferir a matéria no link: Guedes e Campos Neto terão que dar explicações na Câmara e no Senado sobre offshores em paraísos fiscais
PB Agora com Blog do Suetoni
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