O Brasil lidera o ranking de junho de ocorrência de fogo em vegetação entre os países da América do Sul. De acordo com informações do Programa BDQueimadas, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o país registrou 7.214 focos de calor entre os dias 1º e 19 deste mês, três vezes mais do que o segundo colocado, o Paraguai (2.334). Bolívia (1.935), Argentina (1.446) e Peru (335) completam o top cinco.
O Pantanal registrou mais de 3 mil focos de incêndio desde o início deste ano. No mesmo período do ano passado, contabilizaram-se 146 focos de incêndio.
Diante dos dados, a ministra do Meio Ambiente e das Mudanças do Clima, Marina Silva, alertou, ontem, segunda-feira (24/06), que os incêndios atuais no Pantanal são agravados pelos extremos climáticos e também por ações criminosas.
Ela afirmou que o ministério decretou situação de emergência em relação ao fogo e à contratação de brigadistas. Pelo (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em atuação, há 175 brigadistas, 40 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 53 da Marinha (que são combatentes), além de bombeiros locais.
“Teremos já um adicional de 50 brigadistas do Ibama e 60 que virão da Força Nacional, além da mobilização de mais brigadistas diante da necessidade”.
Marina Silva disse que a seca na região aponta para um “novo normal”, com a pior estiagem dos últimos 70 anos. “O que nós temos é um esgarçamento de um problema climático que vocês viram acontecer com chuvas no Rio Grande do Sul. Nós sabíamos que iria acontecer com seca envolvendo a Amazônia e o Pantanal. Nesse período, não há incêndio por raio. O que está acontecendo é por ação humana”, lamentou.
Marina Silva disse que há um pacto com os governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, além dos governadores dos estados da Amazônia.
“Os governos estaduais já decretaram a proibição definitiva do fogo em pastagens até o final de ano.
Redação