O influencer bolsonarista Rodrigo Lima, um dos primeiros a usar o termo “Festa da Selma” para incitar os atos golpistas do dia 8 de janeiro, teve a prisão preventiva mantida após audiência de custódia. Rodrigo foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (17) em uma nova fase da operação Lesa Pátria, que apura os suspeitos de financiar os atos. Em todo o país, foram 16 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva. Os mandados na Paraíba foram todos em João Pessoa.
A defesa de Rodrigo Lima disse que a prisão “é extremamente desnecessária” e afirmou que “ele não participou dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro”. O advogado Aécio Farias, que representa o influencer, afirmou ainda que solicitou a revogação da prisão preventiva e aguarda uma decisão do ministro Alexandre de Moraes.
A audiência de custódia que decidiu pela manutenção da prisão foi feita no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com a PF, Rodrigo Lima ficará preso na Superintendência Regional da corporação na Paraíba, até segunda ordem.
Segundo a PF, os alvos da operação são investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
Rodrigo Lima, que se apresenta nas redes sociais como “gestor público”, é um influenciador bolsonarista com milhares de seguidores no Twitter, Instagram e Facebook. Ele também gerencia um grupo no Telegram (anteriormente, era no Whatsapp), e mantém listas de transmissões nas redes sociais. Além disso, ele também foi ex-secretário de comunicação da Prefeitura de Bayeux, na Grande João Pessoa.
O influenciador publicou mensagens em redes sociais falando da “Festa da Selma”, dias antes dos atos golpistas de 8 de janeiro.
De acordo com o relatório “Democracia Digital”, elaborado em parceria entre o Laboratório de Humanidades Digitais da UFBA e o Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS) da UFSC, com apoio do InternetLab e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e publicado em fevereiro, Rodrigo teria sido a primeira pessoa a usar o termo “Festa da Selma” para incitar os atos golpistas de 8 de janeiro.
Redação com G1
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