O humorista e influenciador Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, foi preso pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul neste domingo (14), em Jurerê Internacional, Florianópolis. A prisão ocorreu após ele ter sido alvo de uma operação do Ministério Público na sexta-feira (12), por suspeita de lavagem de dinheiro.
A prisão preventiva de Nego Di, no entanto, foi decretada por um crime de estelionato relacionado à sua empresa de comércio eletrônico, que lesou pelo menos 370 clientes. A investigação da Polícia Civil revelou que a loja virtual de Nego Di, “Tadizuera”, operou entre março e julho de 2022, vendendo produtos como televisores e aparelhos de ar-condicionado, que nunca foram entregues aos compradores. As movimentações financeiras da empresa somam mais de R$ 5 milhões.
O sócio de Nego Di, Anderson Boneti, também teve a prisão preventiva decretada. Ele foi preso na Paraíba em fevereiro de 2023, mas liberado poucos dias depois.
Nego Di será transferido para o Rio Grande do Sul ainda neste domingo. A defesa do humorista afirmou que se manifestará em breve.
Além das fraudes na loja virtual, Nego Di é investigado por envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro através de rifas virtuais. Ele promovia sorteios de prêmios como dinheiro instantâneo via PIX, celulares, videogames e até carros, anunciados em suas redes sociais. Em janeiro deste ano, a promoção de um carro de luxo blindado chamou a atenção do Ministério Público, que identificou movimentações financeiras suspeitas ligadas às contas de sua esposa, Gabriela Sousa, e de empresas do casal.
Gabriela foi presa em flagrante na operação de sexta-feira (12), mas pagou fiança de R$ 14 mil e foi liberada. A investigação revelou que os depósitos das rifas eram canalizados para contas de parentes e empresas, movimentando cerca de R$ 2,6 milhões.
Em nota, a defesa de Nego Di e Gabriela afirmou que ainda não teve acesso ao inquérito, mas que esclarecerá todos os detalhes do caso em juízo, pedindo para evitar especulações.
O promotor de Justiça Flávio Duarte explicou que os valores das rifas eram inicialmente depositados na conta de terceiros, retornavam para uma empresa e, posteriormente, para Nego Di, caracterizando lavagem de dinheiro. Segundo Duarte, Nego Di utilizou parte dos recursos para adquirir dois carros avaliados em mais de R$ 630 mil.
A Polícia Civil acredita que o prejuízo das 370 vítimas seja superior a R$ 330 mil, mas o número de vítimas pode ser maior, já que muitas pessoas não registraram queixas.
Operação do MP
A operação do Ministério Público no litoral catarinense resultou na apreensão de veículos de luxo e documentos, além do bloqueio de bens e contas vinculadas ao casal. A ação visa esclarecer a dimensão dos crimes e o valor total obtido ilicitamente.
Quem é Nego Di
Nego Di, natural de Porto Alegre, participou do Big Brother Brasil 2021, onde foi eliminado com 98,76% dos votos. Após o reality, ele passou a promover rifas em suas redes sociais, prática que agora é investigada pelo Ministério Público. Ele também enfrentou sanções da Justiça do Rio Grande do Sul por divulgação de fake news relacionadas às enchentes na Região Metropolitana de Porto Alegre.
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