A juíza Keyla Blanc, do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, proibiu que os nadadores americanos Ryan Lochte e James Feigen deixem o país. Lochte, contudo, teria saído do Brasil na segunda-feira (15), antes de ter seu passaporte apreendido. Os dois relataram versões contraditórias sobre o suposto assalto que teriam sofrido ao deixarem a Casa França, na Sociedade Hípica Brasileira, na madrugada de domingo.
Após a decisão, a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) pediu ao Juizado do Torcedor e Grandes Eventos a busca e apreensão no apartamento dos nadadores, na Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca. O principal objetivo seria rastrear os locais que o grupo esteve naquela madrugada pelo celular de Jimmy Feiger.
Agentes da Polícia Civil, entretanto, não encontraram nada no quarto dos atletas, que também não estavam presentes. Os dois registraram uma ocorrência de roubo na Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) da Polícia Civil.
Além das versões contraditórias sobre o assalto, um vídeo divulgado pelo jornal britânico Daily Mail também aumentou as suspeitas sobre o depoimento deles. A filmagem mostra Ryan Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger chegando à Vila Olímpica às 6h56. Em depoimento, eles afirmaram ter saído da festa na Lagoa às 4h, entre outras questões que estão sendo analisadas pelos investigadores.
O suposto assalto a mão armada gerou grande repercussão da imprensa mundial, e foi capa dos jornais Daily News e New York Post. Christine Brennan, colunista do USA Today, chegou a dizer que o caso era “uma imagem terrível e assustadora” que “muda o tom destes Jogos de uma hora para outra”.
Jornal do Brasil