A Justiça rejeitou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPRJ) contra o cantor Guilherme Aparecido Dantas Pinho, conhecido como MC Guimê, e o lutador Antônio Carlos Coelho de Figueiredo Barbosa Júnior, mais conhecido como Cara de Sapato, por alegações de importunação sexual contra a participante mexicana Dania Mendez durante o reality show Big Brother Brasil 23. O MPRJ tem a possibilidade de recorrer dessa decisão.
O inquérito conduzido pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, que havia indiciado os dois por esse crime supostamente ocorrido durante o programa, foi submetido ao MP em abril do ano anterior.
O juiz Aylton Cardoso Vasconcellos, da 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá, que rejeitou a denúncia, destacou que a vítima não foi ouvida antes da acusação. Ele escreveu: “Embora a Lei 13.718, de 2018 tenha possibilitado a instauração de ação penal pública incondicionada para o delito descrito na denúncia, isso não significa, de forma alguma, que a persecução penal possa iniciar-se sem a audição da vítima ou desconsiderando sua vontade”.
O MPRJ chegou a propor um acordo de não persecução penal, mas sob a condição de que os dois admitissem a prática do crime. Entretanto, a defesa de Cara de Sapato recusou essa alternativa.
Ricardo Sidi, advogado de Cara de Sapato, expressou sua satisfação com a decisão.
Após a decisão, Cara de Sapato compartilhou uma mensagem em suas redes sociais: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”.
O caso envolve a alegação de que o cantor e o lutador teriam assediado a participante mexicana Dania Mendez durante uma festa realizada na casa do Big Brother Brasil, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde todos estavam confinados.
Durante uma festa do líder Guimê teria tocado o corpo de Dania Mendez sem seu consentimento. Por sua vez, Cara de Sapato teria beijado e feito contato físico forçado com Dania. Ambos foram eliminados do programa em decorrência desses eventos.
PB Agora