O jornal francês Le Monde destaca em sua edição desta sexta-feira (3) o que é descrito por eles como uma triste novela, que começou com escândalos na construção de estádios e depois, mais recentemente, o episódio de obras olímpicas em deterioração, entre elas o Maracanã. Segundo a reportagem do Le Monde, a justiça francesa tem provas concretas implicando a integridade do processo de escolha do local para a realização dos Jogos Olímpicos, no caso, o Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com o Le Monde, “a Justiça da França tem provas concretas de que a cidade maravilhosa teria trapaceado”.
Le Monde revela que uma empresa ligada a um rico empresário brasileiro – Arthur Soares – pagou em 29 de setembro de 2009, três dias antes da eleição da cidade anfitriã, US$ 1,5 milhão para o filho de Lamine Diack, então presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). O filho de Diack foi consultor de marketing da Federação de Atletismo e hoje está banido do atletismo, enquanto seu pai, Lamine, está preso na França sob acusação de lavagem de dinheiro e corrupção. Também estavam no páreo as cidades de Tóquio, Chicago e Madri.
O Le Monde afirma que possui informações de que a Justiça francesa dispõe de elementos concretos que colocam em xeque a integridade do processo de escolha do Rio como sede dos jogos de 2016. O jornal afirma ainda que os juízes franceses desconfiam de manobras destinadas à compra de votos dos membros do COI. As investigações sobre o caso começaram em dezembro de 2015.
Na França, uma investigação preliminar foi aberta em dezembro de 2015 pelo procurador financeiro nacional por suspeitas de corrupção na cúpula da IAAF.
Para entender o caso, é necessário recapitular, diz o Le Monde. No dia 2 de outubro de 2009, Barack Obama faz um rápido passeio em Copenhague. No mesmo dia, o COI tinha que decidir qual seria a cidade sede dos Jogos em 2016. O presidente dos Estados Unidos foi a Dinamarca para fazer um discurso “como um habitante muito orgulhoso da cidade de Chicago”. Infelizmente, nem a sua presença nem a de sua esposa, Michelle, seriam suficiente para garantir a vitória dos Estados Unidos. Horas mais tarde, Chicago ficou em quarto lugar após a primeira rodada e assim eliminado.
Le Monde descreve que Madri ganhou a primeira votação (28 votos) contra o Rio (26), seguido por Tóquio (22) e Chicago (18), mas a dinâmica mudou na segunda rodada para o Rio. Na terceira e última rodada, após a eliminação de Tóquio, a cidade carioca ganhou de Madri por 66 votos contra 32.
O diretor de comunicações da Rio 2016, Mario Andrada, minimizou a citação de Arthur Cesar Menezes Soares na investigação e descolou a imagem da Rio 2016 do governo do estado. Ele disse que Soares tinha contatos com o governador Sergio Cabral, e não com o comitê organizador. Segundo ele, a investigação diz respeito à Federação internacional de Atletismo e ao Comitê Olímpico Internacional e que em nada tange ao comitê organizador dos Jogos do Rio.
Jornal do Brasil
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