Time paulista revive confronto da decisão de 2012 contra o Boca Juniors, na Argentina; equipe gaúcha recebe os colombianos do Independiente Santa Fé
Grêmio e Corinthians serão os brasileiros em campo nesta quarta-feira pelas oitavas de final da Copa Libertadores. O time gaúcho, pressionado após a eliminação no Campeonato Estadual e sem o técnico Vanderlei Luxemburgo no banco de reservas, recebe o Independiente Santa Fe a partir das 19h30, em sua nova Arena, em Porto Alegre, enquanto o atual campeão sul-americano e mundial joga em Buenos Aires contra o Boca Juniors, às 22 horas, numa repetição da decisão de 2012. Luxemburgo foi suspenso por seis jogos por causa da briga após o fim do jogo contra o Huachipato, há duas semanas, no encerramento da fase de grupos, e viu as críticas da torcida aumentarem de tom no sábado, após a derrota para o Juventude, nos pênaltis, que eliminou a equipe no segundo turno do Campeonato Gaúcho – como o Inter já venceu o primeiro, o time ficou sem chance de ser campeão estadual, fazendo valer a máxima recente de que as competições locais, para os grandes clubes, só servem para atrapalhar. Para completar a situação complicada, o time não terá seu principal armador, Zé Roberto, que está suspenso e dá lugar a Elano, recuperado de uma lesão no joelho.
No Corinthians o clima é bem mais tranquilo, já que o time avançou com facilidade para a seminfinal do Campeonato Paulista, no domingo, ao golear a Ponte Preta por 4 a 0, em Campinas. E, como o Boca não vive grande fase, há quem diga que o mais provável é que o “rei de Copas”, seis vezes campeão da Libertadores, vire freguês dos brasileiros. A preocupação do técnico Tite é justamente evitar esse discurso, e o volante Paulinho jura que os jogadores não querem saber de favoritismo. “Não somos favoritos, apenas estamos numa sequência maior de vitórias que a do Boca, mas o respeito é o mesmo. Se entrarmos devagar, eles podem nos surpreender. É claro que nós vamos com muita confiança, mas é uma outra ocasião, uma outra fase. A preparação é a mesma e sabemos que as dificuldades serão maiores. No ano passado, a nossa concentração foi muito grande, sabíamos da dificuldade que era jogar aqui (na Argentina). Não tem o que mudar, é atuar da mesma forma: marcar o Boca muito forte e aproveitar as oportunidades que tiver durante a partida. O gol fora de casa é muito importante no mata-mata”, discursou o jogador.
Do outro lado, o discurso do meia Riquelme é bem otimista. Até demais, pode-se dizer. “O favorito é o Boca, que joga em casa, e vamos tentar ganhar. Nós temos seis Libertadores e eles, uma só. Tenho certeza que das outras quinze equipes que se classificaram para as oitavas de final, nenhuma queria pegar o Boca. Sabemos que vamos enfrentar uma grande equipe, de muita categoria, que tem jogadores de seleção. Sabemos que Pato, Guerrero, Ralf e Paulinho são fenômenos, mas no campo somos onze contra onze. Não é uma revanche, a partida mais importante foram eles que ganharam. Temos confiança de que passaremos às quartas, mas não vamos recuperar a Libertadores que perdemos no ano passado”, diz o camisa 10.
PB Agora com Estadão