Cumprindo agenda oficial no Mato Grosso do Sul, onde visitou uma fábrica de papel e celulose nesta sexta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer uma análise do desempenho da economia brasileira diante da crise financeira mundial e arriscou a previsão de que o país terá recorde em geração de empregos neste ano.
“O Brasil não voltará mais a ser aquele país que pensava pequeno, aquele país desrespeitado no exterior. O Brasil ganhou grandeza, respeito e dimensão. Este mês de janeiro, o Brasil gerou 181 mil novos postos de trabalho. É o maior número de empregos desde o começo da medição do Caged. Esse ano vai ser um ano recorde na geração de empregos”, afirmou Lula.
O presidente citou a geração de empregos como exemplo de medidas governamentais que fortaleceram o país. “Por que, na crise econômica de 2008, o Brasil não teve o mesmo atrofiamento que teve a Europa, os EUA o Japão? Por que, antes, qualquer crise econômica, o Brasil quebrava e, desta vez, o Brasil era o país mais preparado para enfrentar a crise?”, questionou. “Essas coisas nós não aprendemos na escola. Essas coisas são atitudes políticas que você toma individualmente ou em conjunto dentro de um governo, para fazer com que as decisões sejam as mais acertadas possíveis”, concluiu Lula, em cerimônia no município de Três Lagoas (MS).
Lula também lembrou as reservas financeiras do país. “Nós criamos um colchão para a economia brasileira. Esse colchão significa que o Brasil tem US$ 240 bilhões guardados e ainda emprestou US$ 14 bilhões para o FMI. Se o Brasil de hoje fosse o Brasil dos anos 90, o Brasil já tinha quebrado”, analisou o presidente. “O Brasil, que todo ano tinha de correr ao FMI, agora empresta dinheiro”, disse.
O presidente voltou a dizer que o Brasil será a quinta maior economia do mundo. “Acabou o tempo em que o brasileiro andava no mundo de cabeça baixa. Isso não aprendi na escola. Respeito. Não quero ser tratado como inferior. Quero olhar olho no olho. Ate 2016 o Brasil será a quinta economia mundial. O futuro foi ontem e é hoje. O time que tem um goleiro que não tem sorte não ganha campeonato. Ainda bem que eu tenho sorte”, disse Lula.
O presidente falou sobre a confiança do trabalhador em si próprio. “O trabalhador achava que só podia ir para o palanque para ficar lá embaixo aplaudindo. Mas descobrimos que não. Igual o Obama disse: ‘nós podemos’.”
Ele falou também sobre promessas. “Não vou fazer promessa. Eu não vou prometer o que não sei se vou fazer. Uma vez em 1989 me levaram até um marco em Santarém (PA) para eu prometer que iria fazer a rodovia Cuiabá-Santarém e eu não prometi. Não prometi porque eu não conhecia o projeto. Mas hoje eu estou fazendo o que os outros governantes prometeram e não fizeram”, disse.
G1
