Recuperação de matas ciliares, preservação do meio ambiente, reflorestamento e revitalização de afluentes do Rio São Francisco. E como consequência dessas ações, a conclusão de um dos projetos mais arrojados para a Região, que é a transposição do Velho Chico.
A garantia da realização desse conjunto de obras importantes para impulsionar a economia nacional, foi do próprio Lula, durante a edição de hoje, segunda-feira (14/08) do programa “Conversa com o Presidente”, programa semanal de entrevista pelas redes sociais com o jornalista Marcos Uchôa.
Lula da Silva deixou claro que vê essas iniciativas tão importantes para o país quanto a própria transposição do rio que percorre 2,8 mil quilômetros em cinco estados e 521 municípios do Sudeste e do Nordeste.
“Vamos ter de plantar outra vez um monte de coisas e fazer uma grande política de florestamento nesse país onde for possível fazer. Isso gera emprego. Isso vai ajudar o pequeno e o médio produtor rural a fazer mudas para que a gente possa reflorestar esse país onde for possível reflorestar”
Para o presidente Lula, recuperar as matas ciliares do São Francisco e recuperar os afluentes do São Francisco é uma coisa tão importante quanto a própria transposição do São Francisco, visto que o São Francisco tem muitos afluentes que já morreram.
“Nós vamos tentar, num processo de recuperação, ver se a gente recupera esses afluentes”, afirmou, na edição do programa.
Apontada como a “redenção do Nordeste”, a Transposição é um sonho antigo de mais de 12 milhões de nordestinos. A água do Velho Chico já “banha os quatro estados, e apenas na Paraíba mais de um milhão de pessoas são beneficiadas.
O Governo Federal lançou o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) na última sexta-feira, com um investimento previsto de mais de R$ 1,7 trilhão em obras de infraestrutura para gerar empregos e permitir um crescimento sustentável do país.
A transição energética e a preocupação ambiental são traços característicos do novo programa, num contexto que permite ações como a recuperação de leitos de rios e nascentes, tanto em função de assoreamento quanto de poluição. Ao longo de seu curso, o Rio São Francisco conta com cerca de 180 afluentes entre rios perenes e temporários, e muitos deles passaram por processos de degradação.
“Vamos ter de plantar outra vez um monte de coisas e fazer uma grande política de florestamento nesse país onde for possível fazer. Isso gera emprego. Isso vai ajudar o pequeno e o médio produtor rural a fazer mudas para que a gente possa reflorestar esse país onde for possível reflorestar”, disse o presidente.
Lula reiterou a disposição de viajar o país para dialogar com governadores, prefeitos, parlamentares e movimentos sociais, em especial na região amazônica, para enfatizar a necessidade de todos abrirem os olhos para a questão das mudanças climáticas e da necessidade de preservar o meio ambiente.
“Quando anunciamos até 2030 o desmatamento zero, não é uma obra de ficção. É uma perseguição que vamos fazer. E aí vamos ter de conversar com todos os prefeitos que estão na floresta amazônica. Não queremos ficar brigando” disse.
Durante o programa, Lula reiterou a disposição de viajar o país para dialogar com governadores, prefeitos, parlamentares e movimentos sociais, em especial na região amazônica, para enfatizar a necessidade de todos abrirem os olhos para a questão das mudanças climáticas e da necessidade de preservar o meio ambiente.
O presidente recordou que ao chegar no governo encontrou o país estagnado, com milhares de obras paradas, e disse que um dos desafios do Novo PAC é retomar essas obras para que o país possa mudar de realidade nos próximos anos.
“O que é importante é que essas obras que a gente anunciou, umas já estão prontas para começar. Umas já têm licenciamento, já têm dinheiro. Outras, não. Nós precisamos construir o projeto, construir licenciamento ambiental, e começar a fazer. Viemos para fazer a economia voltar a crescer, para distribuir riqueza, e viemos para melhorar as condições de vida do povo. Tudo isso está embutido no PAC”.
O anúncio do presidente reforça um acordo interfederativo assinado em João Pessoa na Paraíba, assinado pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e pelos governadores da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, com intuito de garantir a operação sustentável do projeto de Integração do Rio São Francisco. A ideia é que todas as ações sejam coordenadas e realizadas de forma integrada, para a melhor sustentabilidade e governança de todo o projeto.
Para o presidente, uma vez lançado o Novo PAC, o momento é de arregaçar as mangas e trabalhar. Para isso, o diálogo entre Governo Federal e Estados será fundamental.
“O companheiro Rui Costa, como chefe da Casa Civil, vai viajar o Brasil apresentando o PAC em cada estado e discutindo com as pessoas do estado o PAC, inclusive com os governadores”, disse. O presidente elogiou, ainda, a apresentação do ministro da Casa Civil sobre o programa na última sexta, porque “mostrou claramente a que viemos, o que queremos e o que vamos fazer desse país”.
Ainda durante a conversa com o Presidente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma avaliação positiva da Cúpula da Amazônia, destacando a importância da participação social para a definição das políticas públicas.
Ele garantiu que os países amazônicos continuarão conversando para afinar as propostas que levarão aos países ricos na COP-28, nos Emirados Árabes, em dezembro.
A gente não quer que cada presidente abra mão daquilo que é sua convicção. A gente vai construindo aquilo que é possível, o que dá para cada um fazer. Foi um encontro histórico. Quando chegar nos Emirados Árabes, no fim do ano, a gente vai ter, pela primeira vez, todos os países com florestas pensando a mesma coisa e exigindo a mesma coisa”
O encontro cumpriu o objetivo de preparar o documento comum dos países amazônicos – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Guiana, Suriname e Venezuela e teve também entendimento com outros países detentores de florestas tropicais – República do Congo e República Democrática do Congo e Indonésia – sobre o papel do mundo no esforço de preservação e manutenção das florestas em pé.
“A gente não quer que cada presidente abra mão daquilo que é sua convicção, daquilo que acredita. Coloca na mesa e vamos debater e dentre as divergências a gente vai construindo aquilo que é possível, aquilo que dá para cada um fazer. Foi um encontro histórico. Vai render daqui para frente, porque quando chegar nos Emirados Árabes, no fim do ano, a gente vai ter, pela primeira vez, todos os países com florestas pensando a mesma coisa e exigindo a mesma coisa. Vai ser muito forte o encontro”.
Na visão do presidente, não basta enxergar a floresta e ver apenas a copa das árvores pelas imagens de satélite, mas é preciso olhar para as 50 milhões de pessoas que vivem nos países amazônicos, sendo 30 milhões apenas no Brasil. Se o povo não estiver na linha de frente das preocupações, não vai ter o resultado que a gente espera.
Redação