Neste sábado (23), uma menina de 5 anos foi abusada sexualmente dentro de um supermercado de Porto Alegre (RS). A criança estava no estabelecimento com a mãe e a avó quando o criminoso aproveitou um momento em que as mulheres olhavam preços de produtos de limpeza para tocar nas partes íntimas da menina. A ação durou poucos segundos e o homem, de 62 anos, foi preso em flagrante ao tentar fugir do local.
A mãe da menina, que teve a identidade preservada, deu uma entrevista ao programa Timeline, da rádio Gaúcha, nesta terça (26), sobre o crime. “Está tudo bem complicado, minha filha está com medo”, afirmou. “Ela está se assustando quando as pessoas tocam nela agora. Chora, pede para ir ao banheiro com a gente, não quer mais ir sozinha”. A mãe relatou que estava no mesmo corredor de produtos que a filha, a poucos passos de distância, quando o homem se aproximou da menina sem que ela percebesse.
“Quando vi, ela veio correndo na minha direção, chorando dizendo que ele tinha passado a mão nas partes íntimas dela. Olhei e notei aquele homem próximo, ele me olhou de volta e saiu correndo. Imediatamente comecei a correr atrás dele e a gritar: ‘Peguem ele!’”, disse a mãe. A equipe de segurança do supermercado e alguns clientes se mobilizaram e conseguiram conter o homem quando ele já estava próximo da rua.
“Abracei minha filha e ela chorou desesperada, as pernas dela tremiam muito”, contou a mãe. “A minha filha veio me contar, se ela não falasse, poderia não dar em nada. Quantas outras crianças será que ele não abusou? Muitas não falam por medo”.
No domingo (24) imagens da câmera do supermercado que mostraram o abuso foram compartilhadas nas redes sociais, o que é um crime, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Além de multa, o estatuto prevê pena de três a seis anos de prisão para quem “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”. A Polícia Civil está investigando o vazamento das imagens.
Na entrevista à rádio gaúcha, a mãe afirmou ter visto o vídeo pela primeira vez quando conhecidos enviaram a filmagem para ela. “É uma exposição muito grande, mas fico pensando, se não existisse esse vídeo, será que as pessoas acreditariam e se mobilizariam dessa forma?”, questionou. O homem de 62 anos está preso no Presídio Central de Porto Alegre desde o dia do crime. O Departamento Estadual da Criança e do Adolescente instaurou na segunda-feira (25) um inquérito por estupro de vulnerável.
Para que a criança relate ter sido vítima de um ato de pedofilia é essencial explicar para ela que o corpo é só dela e ninguém tem o direito de mexer nele. Deixe claro que, se qualquer adulto tentar fazer algo estranho com ela, você precisa saber. Se souber de algum caso de abuso sexual infantil, faça a denúncia pelo Disque 100.
Revista Crescer
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