O aterro sanitário de Gramacho foi oficialmente fechado neste domingo, em cerimônia com clima de festa, no local, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Gramacho era o destino da maior parte do lixo recolhido na cidade do Rio de Janeiro.
Presente à cerimônia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que o local será um exemplo de recuperação de passivo ambiental. “Gramacho será uma referência em termos de desenvolvimento sustentável, e servirá de referência para outros lixões do País”, declarou.
Ao lado de parte dos catadores que ali trabalhavam, o prefeito do Rio, Eduardo Paes ressaltou que a questão do tratamento do lixo no Rio será dividida entre antes e depois de Gramacho. “O Rio não vai mais admitir violências como a que foi feita aqui”, observou.
O lixão de Gramacho funcionava há 34 anos, e abrigava cerca de 1.600 trabalhadores. A prefeitura do Rio anunciou que os catadores terão indenização de pelo menos R$ 14 mil pelo fim das atividades no local.
Outra ação para tentar compensar o fechamento do lixão para quem dependia dele é a abertura de cursos profissionalizantes. Muitos trabalhadores já estão aprendendo um novo ofício, em um programa em parceria com a Central Única de Favelas (Cufa).
Situado às margens da Baía de Guanabara, o lixão recebia material descartado de Duque de Caxias e, especialmente, Rio de Janeiro, do qual 80% do lixo oriundo era enviado para lá. O lixo que era levado para Gramacho será levado para a chamada Central de Tratamento de Resíduos (CTR), situada em Seropédica, na região metropolitana do Rio.
A área degradada ainda levará anos para ser recuperada. Ali, será instalada uma Usina de Biogás, que vai transformar o metano oriundo da decomposição do lixo em gás. Esse material será destinado à Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), para a produção de energia.
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