O TCU, sob relatoria do ministro Vital do Rêgo, analisou uma representação que investiga o vencimento de 54,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 armazenadas nos estoques de estados, municípios e no Distrito Federal até setembro de 2022, na gestão do ex-presidente Bolsonaro. Esse volume representa 9,5% do total distribuído pelo governo federal, resultando em um prejuízo potencial superior a R$ 2 bilhões.
O Rio de Janeiro registrou o maior percentual de vacinas vencidas, com 32,27%, seguido por Roraima, com 19,69%. Por outro lado, Piauí e Goiás tiveram os menores índices, com 3,03% e 3,47%, respectivamente. Além disso, mais de 660 mil doses vencidas foram encontradas nos depósitos do Ministério da Saúde em Guarulhos (SP) em novembro de 2022, não tendo sido distribuídas aos estados e municípios. O relatório de descarte de agosto de 2022 revelou a inutilização de 2 milhões de doses, avaliadas em R$ 30,8 milhões.
Com isso, o TCU solicitou ao Ministério da Saúde que forneça, em 15 dias, as planilhas atualizadas dos imunizantes para os anos de 2022 a 2024. A Corte também estabeleceu um prazo de 30 dias para que o Ministério elabore um plano de ação detalhando medidas, responsáveis e prazos para otimizar a distribuição e registro das vacinas contra a Covid-19.
PB Agora