Na manhã desta quarta-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pelo recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, envolvidos na tentativa de golpe de Estado no Brasil. O julgamento trata dos eventos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.
Durante seu voto, Moraes apresentou um vídeo com imagens dos ataques, destacando a violência e a gravidade dos atos. Ele ressaltou que “essas imagens não deixam nenhuma dúvida da gravidade dos delitos dos fatos narrados pela Procuradoria-Geral da República”, ironizando que, ao contrário do que alguns alegaram, não havia “nenhuma bíblia ou batom” nos atos antidemocráticos.
O voto de Moraes marca um passo importante no julgamento, mas ainda falta a votação de outros ministros, como Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF.
A denúncia, que envolve o chamado núcleo da suposta tentativa de golpe, inclui figuras-chave como:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Walter Braga Netto, general do Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro nas eleições de 2022;
- General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator.
O julgamento ainda está em andamento.
PB Agora