Eu vou falar a verdade. Em toda a minha vida profissional jamais tive gosto pelo sangue. E aqui presto reverência aos colegas, de forma ética, que cobrem o importante caderno policial. Preservam, eles, as famílias de modo geral, principalmente aquelas ligadas à(s) vitima (s) e do agressor, que nesse caso falo do assassino cruel Lázaro Barbosa, morto em uma suposta troca de tiros com as forças de segurança de Goiás.
Após 20 dias de buscas a Lázaro Barbosa, o “serial killer do DF” foi abatido. Não havia dúvidas da sua sentença. Não vibro, muito menos lamento. O destino do facínora foi por ele escrito. Mas há um ponto lamentável em tal desfecho nas palavras do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido).
Desequilibrado e incapaz de conter os escândalos sucessivos de corrupção da sua gestão, mostrou ele mais uma vez sua anacrônica mente. Alguém que deve estar – e está – em desuso como chefe de uma nação em nosso século.
Disse o “papa” brasileiro (corresponsável por meio milhão de mortes no Brasil) pela Covid-19, em suas redes sociais: “CPF de Lázaro foi cancelado”. Uma estúpida analogia para dizer que o criminoso está morto.
Bem, se esse monstro foi morto pelas forças de segurança de Goiás, certamente houve muito mais justificativas que defesas. Foi ele fuzilado em reação à própria Polícia Militar? Esse é um caso para as “cortes” julgarem. O trabalho delas foi feito. Excessos policiais? Não sei! Caberá uma investigação. O que é de praxe.
Mas um Presidente da República que defende o AI-5, Ustra, ditadura e a tortura não merece ser ouvido. Quanto a Lázaro, jamais será ressuscitado. A dor das famílias que ele dilacerou talvez seja bem maior que a desse psicopata e seus respectivos familiares.
O inferno é de Dante, Lázaro e Bolsonaro. Basta servirem-se, cada um respeitando a sua vez e seus pratos!