A frase é dura, porém, é real, principalmente quando nos referimos à educação brasileira. Estive lendo matéria num dos jornais de maior circulação do Brasil e com sede em São Paulo, de que governos estaduais reduziram gastos com a educação brasileira no período da pandemia, apesar do aumento de receitas. Em outras palavras, travaram recursos ao invés de investir na educação de nosso povo, não houve prioridade quanto a levar nossa classe estudantil a um nível melhor.
Estamos, segundo estudos recentes, entre as nações de mais baixo nível educacional no mundo, no que se refere ao ensino público. Os donos do poder não estão nem aí para o futuro do nosso povo nessa área. “Eles têm mente de piolho”, isso é, pensam só em suas tribos, as quais não estudam em escolas públicas. Frequentam os melhores cursinhos e conseguem entrar nas melhores universidades quer sejam estaduais ou particulares e quando não, levam seus filhos para o exterior, muitas vezes movidos com dinheiro público para depois esbanjarem orgulho de que os mesmos se graduaram em universidades de renome em países de primeiro mundo, o resto que se dane.
O Brasil jamais será um país sério, nem sairá da miséria em que se encontra enquanto não rever com seriedade e equilíbrio o seu sistema educacional. As estatísticas nos mostram que a maioria dos governos estaduais não priorizaram nos últimos anos a educação e a deixaram em segundo plano, principalmente para aqueles que dela dependem, ou seja, os desassistidos.
Estudos também nos mostram que os recursos repassados aos estados no ano de 2020 pelo governo federal, foram suficientes, porém, não foram aplicados corretamente na educação. Neste ano, as receitas estaduais têm aumentado nos estados, com o aumento do preço dos combustíveis e com a alta do preço da luz. Segundo o censo de 2020, não há banheiros em 6% das escolas da rede pública em nosso país, uma vergonha.
São Paulo, o gigante econômico de nossa nação, reduziu em 6,4% desde a pandemia, a verba que deveria ser direcionada à educação. A constituição federal de nosso país determina a aplicação de 25% de suas receitas de cobranças de impostos à educação.
Esse dinheiro pelo que temos visto sai pelo ralo e vai para mãos e terrenos escusos e escuros. Quem poderá nos salvar do analfabetismo bruto e cruel? Em países sérios do nosso planeta, principalmente os de primeiro mundo, na construção de novas comunidades, a infraestrutura e educação com construção de novas escolas são prioridades que não se pode deixar de lado. Me lembro que na minha infância e juventude, a educação na rede pública fazia orgulho. Quando alguém estudava numa escola particular, era porque não havia alcançado a média suficiente para ingressar numa escola da rede pública. Quanto à escola particular, havia um refrão depreciativo: “papai pagou, filhinho passou”.
Velhos tempos, que ao que tudo parece, não voltam mais. Brasil, acorda para a educação eficaz e de excelência de sua atual e novas gerações. Não podemos viver na contramão quanto a educação de nosso povo, principalmente de nossas crianças e jovens. Um povo não educado é um povo de fácil manipulação!