O que escrevo neste dia vai muito além de um simples dizer: “Sou militante fervoroso da esquerda”. “Sou militante fervoroso da direita”. Não preciso citar se meus conceitos são liberais, progressistas ou conservadores. O que tenho a dizer está ligado a uma ideologia maléfica. Um conjunto de ideias e pensamentos de um ser ou partilhado por muitos, nesse caso o ex-secretário da Cultura do governo Jair Bolsonaro, Roberto Alvim, e outros tantos sádicos.
Como humano, um ser pensante regado e nutrido pelo conceito de mundo que absorvo, influenciado direta ou indiretamente por tudo que leio, ouço, vejo e sinto; sou uma esfera de sabores mil da vida. Um globo com valores forjados por décadas, residindo na minha pessoa a tolerância e, claro, seu oposto, embora menos intensa.
E a minha intolerância aflora em determinadas ações e comportamentos vindos, claro, dos outros e seus infernos, como bem disse Jean-Paul Sartre. São pessoas que exaltam, por exemplo, a figura de cretinos da história humana. E assim fez Roberto Alvim, um ser frustrado e esquecido nas prateleiras da cultura brasileira, cuja “poeira” que recaía sobre ele foi retirada pelo atual presidente da República.
Resultado: colocou na pasta que pretende dar “norte” à cultura brasileira alguém que parece amar e admirar o nazismo. No desespero, após seu pronunciamento no mínimo repugnante, pediu de desculpas ao povo brasileiro. Sua alegação? Um suposto lapso, “ou coincidência retórica”, como alegou.
Mas esse ar de “arrependimento” do ex-secretário foi expediente utilizado pelos componentes do Terceiro Reich submetidos aos Julgamentos de Nuremberg, todos criados para julgar nazistas do alto escalão por crimes de guerra contra a humanidade
O suposto arrependimento foi inócuo e patético. Roberto Alvim não só errou. Ele foi criminoso ao evocar um dos períodos mais dolorosos e nefastos da história recente da humanidade.
Copiou e colou as palavras de um assassino sádico
Alvim deu um Ctrl C + Ctrl V em discurso com as mesmas palavras de uma fala de Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda na Alemanha nazista. Eu realmente não acreditei no primeiro momento que ouvi e depois li. Não consegui acreditar como alguém do primeiro escalão de um governo dito democrático ousou expor publicamente ideais totalitárias, antissemitas, tocando em um ponto sensível da humanidade, cuja liberdade foi cercada por arames farpados e cremada em fornos do terror.
A reação imediata de Bolsonaro e a pressão de Israel
Importante observar que a destituição de Alvim do cargo, de forma sumária, cujo documento que o exonerou foi assinado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, tem a influência não só da opinião pública interna e externa, mas do Estado de Israel, país que o Brasil busca uma aproximação mais efetiva em termos econômicos e geopolíticos.
Ao se reportar a Joseph Goebbels, Alvim trouxe para o cenário atual uma chaga que jamais será esquecida pela a humanidade, ferida aberta e supurada conhecida como holocausto. Ato cometido por Adolf Hitler e seus colaboradores que assassinaram em massa de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Leia-se: o maior genocídio do século XX.
Um governo mergulhado em polêmicas
O assunto é de grave impacto emocional para muitos, e mais um problema político que o governo Bolsonaro produz em massa. Ou seja; as palavras do ex-secretário não são uma exceção, mas uma regra na desastrosa comunicação do “Capitão” e seus auxiliares.
Alvim seria preso na Alemanha
O colunista Igor Gielow, da Folha de São Paulo, escreveu em seu artigo de hoje: “Na terra de Goebbels, Alvim poderia ser preso por fala nazista”. De fato sim, pois os alemães entendem que a doutrinação nazista, vinda do chefe da propaganda de Hitler, colocou aquele país numa guerra de ódio e expansionismo, sendo o povo usado e iludido pela máquina de propagada do Terceiro Reich.
Hoje o povo alemão tem consciência absoluta que foi enganado, e em gesto de grandeza, mantém os campos de concentração erguidos e abertos para a visitação pública, a fim de atrocidades como holocausto não mais aconteçam.
Políticas publicas nas mais diversas esferas do Estado alemão centram-se na conscientização que o nazismo foi o maior erro daquela nação. E há leis que buscam coibir ações de neonazistas.
Compare os textos de Alvim e Goebbels
A frase que havia sido dita por Alvim foi:
“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”, disse o brasileiro.
O texto foi comparado a um discurso de Goebbels reproduzido no livro ‘Goebbels: a Biography’, de Peter Longerich: “A arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”
Eliabe Castor
PB Agora
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