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Organizadora decide manter questão sobre Luíza (que estava no Canadá) em concurso

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 A organizadora Advise decidiu que não vai anular a questão da prova de conhecimentos gerais do concurso para o cargo de técnico de nutrição da Prefeitura de Jaboticabal (SP) que abordava a frase “Menos a Luíza, que está no Canadá”, que recentemente se tornou um ‘meme’ (frase repetida várias vezes até se tornar popular na internet) nas redes sociais. O candidato tinha de responder em que estado Luíza reside.

De acordo com o diretor executivo da organizadora, Clênio Lima, a pergunta será mantida porque não houve recurso por parte dos candidatos questionando a relevância da questão. “Não há necessidade de cancelar, temos que considerar que não é uma questão para explorar a intelectualidade do candidato, mas o grau de conhecimento do que está acontecendo na atualidade”, disse.

Devido à repercussão negativa da questão do concurso nas redes sociais, a banca organizadora se reuniu nesta sexta-feira (3) para decidir se anularia ou não a pergunta.

A prova para 4.899 inscritos para o total de 56 vagas foi aplicada no último domingo (29). Para o cargo de técnico de nutrição foram 101 inscritos para 1 vaga.
A questão que causou polêmica trazia o seguinte enunciado: “Um fato pitoresco que aconteceu, recentemente, nas redes sociais da internet, foi a frase extraída de um filme de publicidade. O meme ‘menos a Luíza, que está no Canadá’, fez tanto sucesso, que a autora do nome, a jovem Luíza, de apenas 17 anos, acabou retornando para o Brasil, depois de inúmeros convites para fazer comerciais. A garota, motivo de toda a reviravolta nas redes sociais, reside em qual estado brasileiro?”. Assim, ganhará ponto quem acertou o estado de Luíza, que é a Paraíba.

“A questão teve a finalidade de verificar o grau de acompanhamento das notícias do candidato não apenas em jornais, revistas e TV, mas internet também. Um olhar atento e assíduo. A Luíza foi uma celebridade instantânea e apenas tentamos ver se o candidato se atualiza constantemente”, justificou Lima em entrevista ao G1 na quinta-feira (2).

 

De acordo com o diretor executivo da organizadora, que tem sede em Guarabira, interior da Paraíba, a prova de conhecimentos gerais foi a última a ser finalizada e que, por isso, eles conseguiram colocar a questão.

As provas dos cargos foram retiradas do ar devido à sobrecarga de acessos de internautas, mas Lima garante que até a semana que vem os exames estarão no site novamente.

No edital, o conteúdo programático tinha os seguintes tópicos: assuntos de extrema relevância sobre política brasileira e do estado, religião, economia do Brasil e do estado, cultura brasileira: artistas famosos, pintores, poetas; assuntos de extrema relevância sobre esporte e educação no estado e no Brasil; história do município: fundação, contextualização histórica, poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, símbolos municipais: brasão, hino, bandeira, educação do município, limites geográficos, população, aspectos econômicos, aspectos religiosos.

A Prefeitura de Jaboticabal (SP) informou que não tem acesso ao conteúdo de nenhuma prova dos concursos públicos para preservar a integridade dos exames.
Se tema é relevante, não é questionável, diz especialista.

Para Lino Pires, autor do livro “Atualidades Econômicas, Políticas e Sociais para Concursos Públicos”, da editora Campus Elsevier, não há problema em cobrar esse tipo de assunto na prova de conhecimentos gerais.

“As redes sociais levam a isso, temos que acompanhar ao que a sociedade nos leva, tem que acompanhar as mídias sociais hoje, a internet, os blogs, e a repercussão que isso causa na sociedade. Foi um assunto que durou muitos dias. Antigamente uma notícia levava bastante tempo para chegar ao Brasil todo, agora a velocidade das informações é muito grande”, diz.

Para o professor, esse caso mostra que os candidatos devem estar antenados em tudo que acontece até a última semana da prova. Mas ele acha que esse tipo de questão não é uma tendência em concursos. “Bancas mais tradicionais como Cespe/UnB e Fundação Carlos Chagas não exigiriam”, diz.

Rodrigo Barbati, professor de atualidades do Instituto IOB, diz que já que o avaliador se propõe a cobrar o que saiu na imprensa, tudo pode ser perguntado.

“Se o tema é relevante, não é questionável do ponto de vista legal, mas esperamos uma prova de qualidade e bom senso. Temos um espectro de organizadoras pequenas e médias entrando no setor e isso populariza os concursos e quem organiza as seleções. As provas acabam exigindo um olhar atento e amplo sobre todas as áreas, de política a fofoca.”

“O candidato tem que estar preparado para tudo, de meio ambiente a quem ganhou o BBB. Mas claro que muitas bancas mantêm nível elevado de exigência, com assuntos com contextos mais densos. Cabe ao candidato perceber o perfil do concurso. Se forem provas de menor dimensão, a tendência é que se nivele por baixo”, diz Barbati.

 

G1

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