PF apreende ouro, carros e relógios de luxo em casas do ‘Sheik dos Bitcoins’ e de outros investigados por fraudes de até R$ 4 bilhões com criptomoedas

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Barras de ouro, dinheiro em espécie, joias, carros e relógios de luxo foram apreendidos pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quinta-feira (6), em endereços ligados ao empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como “Sheik dos Bitcoins” e a outros investigados.

Segundo a polícia, eles são alvos de uma operação contra uma quadrilha investigada por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas, com vítimas no Brasil e no exterior.
Os investigados são suspeitos de movimentar, no Brasil, até R$ 4 bilhões com as fraudes.

Grande parte do dinheiro arrecadado pelo grupo era usado para a compra de imóveis caros, embarcações, reformas, roupas de grife, joias, viagens e outros gastos de alto custo.
Durante a operação, policiais federais e agentes da Receita Federal cumpriram 20 mandados de busca e apreensão em Curitiba, São José dos Pinhais, no Paraná, além de Governador Celso Ramos, em Santa Catarina, Barueri, São José do Rio Preto, em São Paulo, e em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

O grupo responde por crimes de estelionato, lavagem transnacional de dinheiro e organização criminosa. As ordens de busca foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba.

O delegado Filipe Hille Pace, da PF, disse que a investigação começou em março deste ano, depois de um pedido de cooperação policial internacional, feito pela Interpol, com solicitação da Homeland Security Investigations (HSI), do Department of Homeland Security da Embaixada dos EUA em Brasília EUA.

O pedido informava sobre uma investigação no exterior que identificou uma organização criminosa, liderada por Francisley Valdevino da Silva, de Curitiba, suspeita por fraudes em esquema de pirâmide financeira com comercialização de criptomoedas, lavagem de ativos, crimes contra o sistema financeiro.
A investigação apontou que a quadrilha aplicava golpes no Brasil e no exterior, desde 2016.

A operação apontou que o chefe do grupo contava com membros da família dele nas fraudes. Os familiares eram funcionários das empresas, e se apropriavam dos valores investidos pelas vítimas.

G1

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