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PSB é condenado a indenizar moradora por acidente com avião

A Justiça de São Paulo condenou o PSB e dois empresários a pagarem uma indenização de R$ 10 mil por danos morais a uma moradora que teve o imóvel atingido por destroços do avião que caiu e matou o candidato à Presidente Eduardo Campos e outras seis pessoas, em Santos, em agosto de 2014.

A mulher estava no apartamento no bairro do Boqueirão quando escutou o barulho da queda da aeronave. Quando foi olhar o que havia ocorrido encontrou os destroços do avião na garagem.

Na decisão, o desembargador Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho, levou em consideração o susto e os transtornos causados à autora do processo, à época do acidente com 76 anos.

Segundo desembargador, a mulher “teve que ficar afastada de casa por alguns dias, transtorno ainda pior para uma pessoa idosa, sem falar, ainda, das imagens chocantes dos restos mortais dos tripulantes em sua garagem que presenciou”.

Para o desembargador, os empresários e o partido político devem responder pelos danos a terceiros porque tinham a posse e a exploração direta e indireta da aeronave.

O acidente atingiu dois quarteirões do bairro do Boqueirão e ao menos 51 imóveis foram afetados, alguns com paredes e cômodos derrubados completamente. O dono de uma academia, um dos imóveis mais afetados, teve que vender bens para tentar recuperar financeiramente a empresa.

O avião caiu sobre um prédio na rua Vahia de Abreu, no bairro do Boqueirão, região central de Santos, no dia 13 de agosto de 2014.

A fiação de todas as vias da região do acidente foi desenergizada para facilitar o trabalho de resgate e rescaldo do incêndio provocado pela queda do avião.

Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), por volta das 9h50, o piloto da aeronave informou que tinha pouca visibilidade para pousar no Guarujá e arremeteu. Logo depois, a torre perdeu contato com o avião, que, em configuração padrão, tem capacidade para 12 pessoas.

Campos saiu do Rio de Janeiro em um jatinho Cessna 560XL Citation às 9h30, com destino ao Guarujá, cidade vizinha de Santos, no litoral paulista, onde cumpriria agenda com sua candidata a vice, Marina Silva.

O governador Márcio França, à época presidente do PSB-SP, disse que aguardava Campos na base aérea do Guarujá quando a aeronave arremeteu.

“Perdemos contato com o avião depois disso”, afirmou França. Depois disso, durante cerca de uma hora, houve uma troca incessante de telefonemas entre integrantes da campanha, jornalistas e autoridades aeronáuticas para tentar localizar Campos.

Redação com folha

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