Clima quente, vegetação seca, fogo e nuvens de fumaça. A área queimada no Brasil aumentou 248% este ano, segundo os dados da plataforma Monitor do Fogo, do MapBiomas.
A área destruída por queimadas no Brasil foi de 1,02 milhão de hectares somente em janeiro de 2024, representando um aumento de 248% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O bioma mais afetado foi a Amazônia, com 941.499 km2, registrando um aumento de 266% em relação a dezembro do ano passado.
Os três estados com a maior área destruída pelo fogo foram Roraima, com 413,1 mil km2, seguido pelo Pará, com 314,6 km2, e o Amazonas, com 95,3 km2.
A Amazônia enfrenta um recorde de focos de incêndio para o mês de fevereiro, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. Com 2.924 pontos de queimadas identificados pelas imagens de satélite até o último dia 26, a quantidade é a maior desde o início da série histórica, iniciada em 1999.
Roraima tem registrado desde o início de fevereiro um crescente número de incêndios e chegou ontem, a 2.605 focos de calor – quase 30% do total registrado em todo o país, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em meio ao período seco, moradores de todo o estado enfrentam a fumaça e lidam com a devastação.
Localizado perto da Linha do Equador, o estado de Roraima apresenta características singulares, fazendo com que o período de queimadas ocorra no início do ano, em vez de entre o meio e o fim do ano, como ocorre em outras regiões da Amazônia.
Na capital Boa Vista, desde a última semana, as noites têm sido marcadas pelas nuvens de fumaça geradas pela soma de incêndios urbanos, na zona rural, e de municípios vizinhos, como o Cantá e o Bonfim, o que deixa a qualidade do ar “péssima”.
Com base nos dados do INPE, a Defesa Civil de Roraima observou que em fevereiro os focos de calor saltaram no estado. Em janeiro foram registrados 604 focos, enquanto que, em fevereiro, até essa quarta-feira (28), foram 2.001.
Redação