As declarações do presidente Jair Bolsonaro, que culpou o ICMS estadual e os revendedores pela elevação no preço dos combustíveis e gás de cozinha, foram rebatidas pelo Sindicombustíveis no Distrito Federal.
De acordo com o referido sindicato, desde novembro de 2020, a Petrobras passou a realizar vários reajustes seguidos, totalizando até o momento 12 elevações de preços nas refinarias, que somaram 65% de aumento.
O Sindicombustíveis aponta que com essas sucessíveis altas o litro da gasolina saiu de R$ 1,7190 na refinaria em Brasília e Goiânia para R$ 2,8372 totalizando R$ 1,1180 de repasse às distribuidoras. Nesse mesmo período, segundo dados oficiais da Secretaria de Fazenda do DF, o preço médio praticado nos postos na capital passou de R$ 4,5280 para R$ 5,7370, o que representa acréscimo linear de 26,7%, conforme o Blog da Samanta Sallum, do Correio Braziliense.
Além dos reajustes nas refinarias, no mesmo período, o etanol anidro, que compõe em 27% a gasolina tipo C entregue aos consumidores, também sofreu elevação de 36% devido à quebra de safra.
“Portanto, fica numericamente claro que a revenda não tem nenhuma participação nesta elevação de preços dos combustíveis, mas apenas o repasse referente aos reajustes ocorridos em um mercado livre que sofre forte influência internacional dos preços do petróleo e da variação cambial no Brasil”, diz o presidente do Sindicombustíveis no DF, Paulo Tavares.
Ainda conforme o Blog da Samanta Sallum, o secretário de Economia do DF, André Clemente, afirma também que os estados e o ICMS não são culpados pelo preço dos combustíveis.
“Um política econômica eficaz e uma reforma tributária de verdade talvez coloquem fim de uma vez por todas nesse assunto e o Brasil volte a crescer. Assim a qualidade de vida e o poder aquisitivo do cidadão podem melhorar”, aponta Clemente.
PB Agora