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Sônia Abrão e Cabrini podem ser ouvidos no julgamento do caso Eloá

Seis jornalistas podem ser ouvidos como testemunhas durante o julgamento de Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel em 2008. O julgamento começa na próxima segunda-feira, em Santo André (Grande São Paulo) e, entre os jornalistas convocados pela defesa estão a apresentadora Sônia Abrão, da RedeTV, e Roberto Cabrini, do SBT.

De acordo com a promotora de Justiça Daniela Hashimoto, que concedeu uma entrevista sobre o julgamento nesta sexta, por não morarem em Santo André, os jornalistas não têm obrigação de comparecer – assim como qualquer testemunha que não seja residente do local onde o caso será julgado. Caso os jornalistas decidam ir, eles correm o risco de não serem ouvidos, já que os advogados do jovem podem dispensá-los.

Sônia Abrão entrevistou Lindemberg ao vivo enquanto ele mantinha Eloá em cárcere privado, na casa da família da vítima. A entrevista rendeu intensa polêmica, mas a promotora evitou avaliar se a convocação de repórteres é uma tentativa da defesa em culpar a imprensa pela “espetacularização” do caso.

O SBT e a RedeTV foram contatados pelo Terra, mas ainda não se manifestaram sobre a participação dos jornalistas no julgamento.

Ao todo, 19 testemunhas foram convocadas, sendo 14 de defesa e cinco de acusação. Entre as testemunhas de defesa, estão quatro peritos criminais, um advogado, o delegado de polícia que acompanhou o caso na ocasião, os seis jornalistas e dois policiais militares do Gate, que participaram das negociações.

Segundo a promotora, Lindemberg será julgado por 12 crimes, entre eles o assassinato de Eloá, a tentativa de assassinato da estudante Nayara, amiga da vítima, e a tentativa de homicídio do sargento da PM Atos Antonio Valeriano.
 

Terra

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