Em evento nesta terça-feira, 27, que marcou o primeiro contrato da Telebras com o poder público após preferência estabelecida em lei, o papel da estatal como uma empresa pública capaz de prover serviços de ponta foi um dos destaques. Segundo o presidente Lula, é hora de fazer da Telebras uma empresa forte.
“Quero que a Telebras seja uma empresa brasileira, a serviço do povo brasileiro, a serviço do Estado brasileiro, e que preste um excelente serviço. Quando tiramos a Telebras da privatização, temos como propósito fortalecer a empresa, para que ela possa oferecer serviços de qualidade”, disse Lula.
Para o presidente da República, determinados serviços devem estar nas mãos do Estado, por serem estratégicos. “Tem coisas que inexoravelmente tem que ser do Estado. Se a Telebras fosse privatizada, quem ficaria com as informações do Estado? Precisamos colocar uma pedra no passado, onde prevalecia o pensamento de que as estatais não funcionavam. Aqui, temos uma prova do quanto compensa investir em nossas empresas. A Telebras voltou, da mesma forma que eu voltei. Ela veio para ficar”, finalizou o presidente da República.
A ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), também afirmou que a estatal tem o potencial enorme para prestar serviços para o poder público. “Isso fortalece a empresa e permite que ela faça investimentos”.
Segundo Frederico Filho, presidente da Telebras, a empresa hoje possuiria o melhor data center em funcionamento no Brasil. “O data center da Telebras pode ser um dos concentradores de dados sensíveis, com alta capacidade de processamento. É o melhor data center em funcionamento do Brasil”, disse Filho.
Mais satélites
Durante a cerimônia que marcou a assinatura de contrato da estatal com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a questão de uma política brasileira para construção de satélites também foi abordada.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Luciana Santos, destacou o convênio com a China para o desenvolvimento de uma tecnologia de radar de abertura sintética, que vai permitir ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ter um satélite com imagens que permite visão pelas copas das árvores e nuvens.
Ela também disse que o governo deve construir um novo satélite geoestacionário. “Nós temos capacidade de fazer satélites”, disse Santos. “Precisamos de um satélite que permita o desenvolvimento de sensor óptico. Isso permite mais visibilidade dos acidentes que tem acontecido devido às mudanças climáticas”, destacou.
PB Agora com informações de Teletime