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Trabalho de cuidado deve ganhar política nacional

Luta por igualdade. A escolha do tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), deste ano, jogou luz sobre uma atividade muitas vezes invisível em nossa sociedade que é o trabalho de cuidado. Em um país marcado por profundas desigualdades, o trabalho de cuidado permanece majoritariamente invisível, mal remunerado, e recai sobremaneira sobre as mulheres, particularmente as mulheres negras.

Majoritariamente feito por mulheres não remuneradas ou mal pagas, o trabalho de cuidado consiste em atender às necessidades físicas ou emocionais de outra pessoa em diversas frentes como, comprar e fazer comida, limpar a casa, lavar as roupas, educar os filhos, cuidar de alguém que ficou doente, entre outras.

A situação das trabalhadoras do cuidado, remuneradas ou não, e das pessoas que precisam de cuidados, deve virar política nacional, e foi tema do seminário “Cuidado como Trabalho, Cuidado como Direito”, realizado esta semana pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados.

Para contribuir politicamente e evidenciar os avanços do Governo Federal na temática dos cuidados, a Câmara dos Deputados convidou o Ministério do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), que foi representado pela secretária nacional de Cuidados e Família, Laís Abramo, e pela diretora da Economia do Cuidado, Luana Pinheiro.

As políticas de cuidado têm um potencial transformador, essa foi a defesa da secretária nacional de Cuidados e Família do MDS, Laís Abramo, que destacou como a promoção do cuidado pelo Estado pode reestruturar as dinâmicas econômicas atuais, e se transformar num instrumento importante para combater a fome e superar a pobreza.

Com mais de 120 propostas de legislação sobre o tema em tramitação, o recém-criado Grupo de Trabalho de Políticas de Cuidado no Congresso Nacional será um parceiro fundamental do Grupo de Trabalho Interministerial de Cuidados, que elabora a Política Nacional de Cuidados, um importante instrumento de transformação das discussões em ações concretas.

No ano passado, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome explicou que no final de outubro, o governo abriu uma consulta pública sobre o tema.

Redação

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