Os consórcios bateram recorde no primeiro trimestre deste ano, com aumento de 13,9% no total de contratos fechados entre janeiro e março. Dados da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) mostram que a venda de novas cotas saltou de 438 mil, nos primeiros três meses de 2009, para 498,9 mil, totalizando mais de 3,83 milhões de clientes ativos em março deste ano.
O número é um recorde absoluto para o setor, como explica Paulo Roberto Rossi, presidente-executivo da Abac. Para ele, esse aumento nos consórcios é resultado da melhora na renda do brasileiro.
– O grande desafio das administradoras é atingir essas classes C e D que vêm com grande vontade de consumir. Estamos notando que o cliente de consórcio vem mudando o perfil e está muito mais preocupado com o futuro, com a família e com a construção de seu patrimônio.
As contemplações cresceram 2,2%, chegando a 237,2 mil negócios no trimestre. Os principais destaques estiveram nos setores de imóveis e de veículos leves, que cresceram, de janeiro a março deste ano, 18,1% e 43,1%, respectivamente.
Recorde
De acordo com a associação, o setor de consórcio imobiliário atingiu seu maior número de participantes ativos da história, com mais de 545 mil clientes. Quanto aos veículos, 124,8 mil novas cotas foram vendidas desde janeiro, elevando para quase um milhão o número de consumidores.
As motocicletas, que respondem por quase 53% do total de consórcios do país, continuam no topo da lista de participantes: foram mais de 2,1 milhões de pessoas em março (5% a mais que um ano antes). As vendas de novos contratos cresceram 6,1%, para 283 mil no trimestre.
Na área de imóveis, os negócios aumentaram 18,1%, com a venda de 56 mil novas cotas. Em março, o setor contabilizava 545 mil consorciados ativos, 5,2% a mais que em 2009. As contemplações também cresceram – de 15 mil no ano passado para 17,1 mil.
Rossi diz que as vantagens para a compra da casa própria ficam cada vez maiores, e isso tem reflexo nas vendas dos consórcios também. Juntos, o carro e a casa são “os maiores sonhos do brasileiro”, afirma.
– Não pagar juros, parcelar integralmente o valor do bem e poder utilizar o saldo do FGTS na amortização, liquidação e pagamento de parte das prestações ou para ofertar lances têm sido as principais razões para o crescimento dos consórcios de imóveis, especialmente no primeiro trimestre deste ano.
R7