O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou nesta quarta-feira (3) que os navios da Marinha já se encontram no local de queda do Airbus da Air France e que não foram localizados, até o momento, corpos ou sobreviventes. O avião desapareceu na noite de domingo (31) quando fazia a rota Rio de Janeiro – Paris com 228 pessoas a bordo.
“Não foram encontrados corpos ou sobreviventes. Não há dúvida nenhuma que a situação de queda é neste local”, afirmou a jornalistas. De acordo com o ministro da Defesa, os corpos que apresentarem “abdome íntegro”, ou seja, sem perfurações, podem voltar à superfície entre 48h e 70h. Já os corpos que tiveram o abdome perfurado, explicou ele, não retornam à superfície.
Na avaliação de Jobim, é “muito difícil” encontrar corpos no fundo do mar. “Serão recolhidos os que boiam,” disse. O ministro informou que o mar, naquela região, possui profundidade entre dois mil e três mil metros. Ele não excluiu a hipótese de haver tubarões na região.
Hipótese de explosão
Segundo o ministro da Defesa, a mancha de óleo que foi encontrada pode excluir a hipótese de ter havido explosão. “A existência de manchas de óleo pode excluir eventualmente incêndio, explosão. Se não não teria mancha de óleo. Se temos manchas de óleo, significa que o óleo não foi queimado”, explicou ele. Questionado se havia algum sinal de terrorismo, ele afirmou que “não há nenhuma sinalização”.
Destroços
Jobim informou que foram visualizadas, e que deverão ser recolhidas nesta quinta-feira (4), duas pilhas de destroços. Segundo ele, as partes que forem encontradas serão entregues aos franceses, pois eles são os responsáveis, de acordo com o ministro, por fazer a investigação das possíveis causas do acidente.
“Esses elementos, devemos entregar aos franceses. O que estamos tentando aqui é a busca de sobreviventes, de corpos,” lembrou o ministro.
Perguntado sobre a duração das buscas, disse que não havia orientação. “O que nós temos que fazer é prosseguir essas buscas até o momento que, por determinação técnica, não se prossegue mais.”
Distâncias
O ministro informou ainda que a distância de Recife para a área de busca corresponde à distância entre o Rio de Janeiro a Brasília. De Fernando de Noronha para o local das buscas, a distância é a mesma entre o Rio e Curitiba.
G1
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