Em depoimento de cerca de uma hora prestado na noite desta quinta-feira (24), a atriz Zezé Polessa negou ter discutido com o motorista Nelson Anderson Lopes, de 63 anos. Ele morreu em 15 de janeiro e a polícia decidiu apurar se a morte teria relação com suposta reprimenda da atriz. Ela negou qualquer relação com a morte do motorista.
Segundo Maurício Mendonça, delegado da 32ª DP, na Taquara, zona oeste do Rio de Janeiro, a atriz se mostrou tranquila. Para Polessa, o que saiu na imprensa sobre o caso é um equívoco. Segundo o delegado, Nelson levou a atriz ao Projac de manhã. O infarto aconteceu à noite, quando o condutor já havia sido dispensado do trabalho, disse Mendonça.
Ainda de acordo com o delegado, não houve nenhuma contradição entre os depoimentos dos filhos do motorista e da atriz. O próximo passo da investigação será ouvir um funcionário do Projac.
A atriz confirmou à polícia que Nelson a pegou em casa na manhã do dia 15 de janeiro para levá-la a uma gravação no posto dez da Barra da Tijuca, zona oeste. Mas, ao chegar ao local, Polessa se deu conta que a gravação não seria lá.
Quando o motorista passou um rádio para a produção, foram informados que a gravação seria na Barra da Tijuca, próximo à ponte Lúcio Costa. Com o trânsito, eles demoraram a chegar no local da gravação. Por isso, a atriz teria pedido o rádio de Nelson para avisar que iriam se atrasar. Ela diz que não houve qualquer discussão. Ela informou ainda que o motorista não se queixou de mal estar. Ao deixar a delegacia, Polessa disse:
— Da minha parte, está tudo esclarecido.
Segundo a Polícia Civil, o inquérito instaurado apura se a atriz infringiu o Estatuto do Idoso, que estabelece pena de reclusão de seis meses a um ano para quem humilhar, desdenhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa.
Parentes de Nelson já foram ouvidos na unidade policial. Segundo o titular da Delegacia da Taquara, Antônio Ricardo, testemunhas que teriam presenciado uma discussão entre Polessa e o motorista também vão prestar depoimento.
Nelson morreu no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, vítima de infarto.
R7