Imortalizada nas páginas dos livros, jornais e nas mentes de muitos intelectuais paraibanos, a professora Josefa Dorziat Quirino Barbosa completaria no próximo dia 1º de junho 100 anos de idade. Natural da cidade de Barra de São Miguel, Dorziat teve uma brilhante trajetória na Educação.
Em 1972 cursou Letras na antiga Fundação Universidade Regional do Nordeste – FURNE, após ser aprovada em primeiro lugar no vestibular, e anos depois se especializou em Linguística, participou de importantes projetos do Núcleo de Estudos Linguísticos e Literários, coordenado pela professora, escritora, ensaísta e fundadora da Academia de Letras de Campina Grande, Elizabeth Marinheiro. Foi professora de Gramática Histórica e Teoria Literária da UEPB, e um ano após se aposentar, foi convidada para ocupar a cadeira de número 34 da Academia.
Dorziat foi a normalista mais jovem da Paraíba e dedicou sua vida ao ensino, tendo passado pelos colégios Estadual da Prata, Alfredo Dantas e Escola Normal Estadual de Campina Grande, mesclando rigor com afeto, conquistando bons resultados no uso correto da língua portuguesa.
Toda essa trajetória será reverenciada no próximo dia 26 de maio, a partir das 10h30, durante um Tributo à Dorziat promovido pela Academia de Letras de Campina Grande (ALCG) , em conjunto com a Universidade Estadual da Paraíba através do Departamento de Letras e Artes e do Centro de Educação.
A programação será realizada no auditório 03 da Central Acadêmica Paulo Freire, no bairro Universitário, e contará com a participação dos acadêmicos da ALCG, Prof. José Mário da Silva Branco, que foi seu contemporâneo e a escritora Iêda Lima, que atualmente ocupa a cadeira nº 34 da ALCG, antes ocupada por Dorziat, além de representantes corpo diretivo da ALCG, da UEPB e do Projeto Memória da UFCG. Em nome dos familiares da homenageada, usará da palavra a sua filha e Professora aposentada da UFPB, Ana Dorziat Barbosa de Melo.
Iêda Lima define em rápidas palavras a homenageada, sua antecessora na ALCG como uma autêntica representante da mulher paraibana, trabalhadora, criativa e determinada, capaz de equilibrar suas funções de mãe e profissional, de maneira exemplar e competente.
O professor, escritor, ensaísta e ocupante da cadeira 16 da ALCG, José Mário da Silva Branco intitula Dorziat como “Um patrimônio da cultura campinense, paraibana e nordestina”. Segundo ele, a mestra tinha uma “visão humanista da educação, e uma paixão pelo ensino, algo como um sacerdócio”.
Já os professores Carlos Herriot e Goretti Ribeiro afirmaram que “a história da Língua Portuguesa se divide em duas épocas cronológicas distintas, antes e depois de Dona Dorziat. ” Para eles, a Mestra Dorziat “transcendia o gramaticalismo superficial que se atém apenas a frieza das regras e normas, para desvendar a alma e espírito do idioma”.
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