A atriz americana Angelina Jolie, que em seu primeiro filme como diretora relata uma história de amor e violência durante o conflito na Bósnia, participará na noite desta terça-feira do lançamento de uma campanha britânica contra o abuso sexual em zonas de guerra.
Os britânicos querem criar uma equipe de médicos, advogados, policiais, psicólogos e especialistas que deve ser enviada aos locais para coletar depoimentos de vítimas da violência, fornecer apoio a missões das Nações Unidas e treinar as autoridades dos países envolvidos.
O filme de Angelia Jolie, “In The Land of Blood and Honey”, filmado em 2010, será exibido durante o lançamento da campanha pelo ministro das Relações Exteriores, William Hague.
O filme conta a relação de amor de uma jovem muçulmana com um sérvio que ficam em lados opostos após a eclosão do conflito na Bósnia (1992-95). O longa-metragem mostra a realidade de uma guerra travada sobre os escombros da antiga Iugoslávia, marcada pelas operações de “limpeza étnica” e abusos sistemáticos.
“A violência sexual é uma questão central na prevenção de conflitos e na construção da paz no mundo”, ressaltou William Hague.
MILHARES DE VÍTIMAS
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, de 20 mil a 50 mil mulheres foram estupradas na Bósnia-Herzegovina entre 1992 e 1995; e entre 50 mil e 64 mil, em Serra Leoa durante a guerra civil (1991-2002).
“As contas terríveis de estupro na Síria estão começando a emergir”, afirmou o ministro.
O Reino Unido tem como missão encorajar as vítimas para testemunhar e desenvolver mais procedimentos durante a sua presidência do G8.
Angelina Jolie, que é embaixadora da boa vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), visitou em várias oportunidades zonas de conflito, como Iraque, Darfur (Sudão) e Líbia.
Folha Online