Apesar de já existirem outras maneiras, mais fáceis e mais ágeis de se produzir o aperitivo, a maioria dos donos de engenhos daquela região preferem manter a tradição e prezar pelo modo artesanal de fabricar a cachaça. É o caso dos donos do Engenho Triunfo, Maria Júlia e Antônio Baracho que justificaram priorizar o modo de produção artesanal principalmente para primar pela qualidade e pelo sabor do líquido.
Conforme Maria Júlia, o Engenho Triunfo atualmente tem cinco alambiques, e cada um, ao ser adquirido, tem um custo de aproximadamente R$ 15 mil.
“É como se nós fossemos colocando vários engenhos pequenos dentro de um engenho grande, sempre primando pela maneira artesanal”, explicou, ressaltando que o investimento é caro, porém com o retorno e com a garantia de que, mesmo com o aumento da produção, a qualidade da cachaça não será afetada.
O Engenho Triunfo é um dos mais conhecidos do brejo paraibano, já que, além de produzir a cachaça artesanalmente, também produz a versão bidestilada da caninha e ainda inseriu ao aperitivo outros sabores, tais como a canela, menta e figo.
Areia, atualmente conhecida como terra da cachaça e da rapadura possui cerca de 30 engenhos ativos. Em seu auge, chegou a instalar pouco mais de 100 engenhos na cidade, o que representava a economia de subsistência no local.
Para que a produção não ficasse reservada apenas ao município, a cidade realiza anualmente o Festival da Cachaça e da Rapadura, que acontece em conjunto com o Bregareia no mês de setembro.
O evento foi criado em 1997 e atrai produtores e turistas de todos os lugares do Brasil e até mesmo do exterior, que viajam de longe para conhecer o produto que é fabricado de maneira totalmente artesanal.
Os produtores locais acreditam que a aceitação da cachaça se dá, não só pelo sabor, mas também pelo modo de fabricação da famosa “pinga”.
“No bregareia os turistas aproveitam para se deliciar com a nossa cachaça, que tem um sabor bem diferente do aperitivo que é produzido industrialmente”, disse Josenias Júnior, proprietário de um dos Engenhos na cidade.
Além do bregareia a cidade abriga o Museu da Rapadura, localizado dentro do Campus da UFPB na cidade, onde o turista pode observar as várias etapas da fabricação dessa iguaria e dos outros derivados da cana-de-açúcar, como a cachaça, sendo a areiense muito conhecida exteriormente por seu incomparável sabor.
Curiosidades
A cidade de Areia ainda abriga o Museu do Pintor Pedro Américo, artista conhecido mundialmente por ter pintado o quadro “O grito do Ipiranga”, obra encomendada por Dom Pedro II.
Além de abrigar a cultura, a cidade foi a primeira da Paraíba a usar o jornal impresso e a segunda cidade do Brasil há decretar a abolição da escravatura antes mesmo da lei ser assinada pela Princesa Isabel.
Ilana Almeida e Márcia Dias
PB Agora
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