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Cafuçus tem noite de irreverência e estilo na avenida

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Este ano, o Cafuçu comemora 21 anos de sua criação em 1990 quando o bloco saiu pela primeira vez no antigo Beijo Gelado, na praia do Cabo Branco. Para isso, o bloco contará com a participação de 15 orquestras de frevo distribuídas entre o Ponto de Cem Réis e a Praça do Bispo, onde funcionará a Difusora Cafuçu irradiando para o Ponto de Cem Réis músicas dos antigos e novos carnavais, além das canções e recados românticos dos foliões. No palco da Praça Dom Adauto animará os foliões o DJ Naza e no palco do Ponto de Cem Réis, o DJ Fábio. À meia-noite as orquestras fazem o arrasto até à praça Antenor Navarro onde acontecerá a dispersão dos foliões. Por lei, a folia deve terminar às duas da manhã.

O bloco carnavalesco Cafuçu é responsável, com mais dez blocos, pela criação do Projeto Folia de Rua (1992) e pela fundação da Associação Folia de Rua (em 1996), na nossa capital. 

Em 1987, um pequeno grupo de professores universitários, artistas, estudantes, ativistas culturais da capital, resolveram, na semana que antecede o carnaval oficial, desfilar pelas ruas do Bairro Miramar em direção à praia, puxados por uma carroça de burro, animados por violões e tambores. É fundado o Bloco Muriçocas do Miramar e, sete anos depois, com o surgimento de mais dez blocos, é criada oficialmente a prévia carnavalesca Folia de Rua, com o lançamento de um LP Folia de Rua, com a gravação dos hinos desses blocos. Hoje, são mais de trezentas mil pessoas que brincam em dezenas de blocos, durante os sete dias da prévia carnavalesca de João Pessoa, sempre na semana que antecede a data oficial dos festejos momescos.

O Cafuçu surgiu de uma brincadeira entre amigos, entre eles Adalice Costa (in memorian), funcionária do Depto de Arquitetura da UFPB; Ana Costa, sua irmã, William Pinheiro, Henrique Magalhães, Paulo Vieira, Torquato Joel, Buda e Bertrand Lira. Parte desse grupo havia criado dez anos antes uma ONG para desenvolver atividades culturais: o grupo Artesanal. Foram diversas produções teatrais, publicação de livros e revistas, através da Marca de Fantasia, editora criada por Henrique Magalhães incorporada ao Artesanal, a exemplo do bloco Cafuçu.

 

Nos primeiros anos de sua fundação, o Cafuçu desfilava na Praia do Cabo Branco e Tambaú, em João Pessoa. Em 1997, transferiu-se para o Centro Histórico, contribuindo para o resgate do carnaval de rua da capital, procurando incrementar o calendário de eventos culturais, nesta área urbana de fundação da cidade. Para este ano, a previsão é que mais de 60 mil foliões vão invadir as ruas da parte alta da cidade levando alegria e irreverência para o bloco de perfil ímpar por seu deboche dos costumes sociais.

 Histórico do bloco Cafuçu:

1989 – O Cafuçu sai pela primeira vez com estandarte no bloco Muriçocas de Miramar

1990: ano da existência oficial do Bloco que foi criado com o nome “Unidos do Cafuçu”, saindo da antiga sorveteria Beijo Gelado no Cabo Branco. O bloco era animado por um trio elétrico e fazia o percurso da orla Cabo Branco-Largo da Gameleira em Tambaú.
Neste ano é criado também o “Hino do Cafuçu (É com ele que eu vou)”, com música de Kennedy Costa e letra de Paulo Vieira e Kennedy Costa.

1992: É criado o Projeto Folia de Rua na capital e lançado o LP com hinos dos blocos da Folia de Rua, inclusive o “Hino do Cafuçu”.

1996: A Associação Folia de Rua é fundada com o objetivo de resgatar o carnaval de rua da cidade.
Morre Adalice Costa, a eterna cafuçu, fundadora entre outros do bloco Cafuçu. Foi ela a inspiradora do nome cafuçu pois tinha o hábito de chamar os amigos com este nome.

1997: Sai a boneca Adalice Costa, a “eterna cafuçu” em arrasto pelas ruas do Cabo Branco já com orquestra de frevo.

1998: o bloco transfere-se para o Centro Histórico, contribuindo para o resgate do carnaval de rua da capital e a valorização da parte antiga da cidade. Nos dois primeiros anos, na rua Duque de Caxias próximo à Academia Paraibana de Letras e depois na Praça Dom Adauto (Praça do Bispo) em frente ao Casarão de Azulejos.

2001: Corrinha Mendes é eleita a cafuceta daquele ano. Nos anos seguintes, é incorporada ao bloco com o título de rainha hors-concours (fora de competição)

2007: é gravado o CD “As 10 Mais do Cafuçu” com músicas carnavalescas e um forró, todas tendo o Cafuçu como tema.

2010: o arrasto do bloco não vai mais até à praça Antenor Navarro ficando limitado até a rua da Areia e retornando ao Ponto de Cem reis.
 

O bloco Cafuçu começa sua concentração às 18 horas. As atrações principais serão as orquestras de frevo da cidade e a Difusora Cafuçu irradiando as músicas do repertório tradicional carnavalesco e os clássicos românticos do cancioneiro popular, pilotados pelos Discotecários Naza e Spencer.

O bloco conta com o apoio Fundação de Cultura de João Pessoa que assegurou a ampliação desses equipamentos para o desfile deste ano, bem como a participação da Secretaria de Estado da Cultura que também já assegurou apoiar a festa.

O desfile seguirá pela Visconde de Pelotas, Praça do Bispo, General Osório e Rua da Areia até a Praça Antenor Navarro.

Difusora Cafuçu, a pioneira!
As Praças Ponto de Cem Réis, 1817, Dom Adauto, Rio Branco e as vias próximas – Visconde de Pelotas, Duque de Caxias serão cobertas pelas ondas musicais da Difusora Cafuçu. Do mesmo modo, a Praça Antenor Navarro e Largo São Frei Pedro Gonçalves, no Varadouro, terão equipamentos de som ligado a Difusora.

ORQUESTRAS
Doze orquestras puxarão o desfile do bloco este ano. AZDD, Cabo Branco, Campinense, SWAT, Frevo Só Folia, Frevolândia, Invasores do Frevo, Máscara Negra, Paraíso Folia, Frevo Folia são algumas das orquestras que estarão no desfile do Cafuçu.

 

Ascom

 

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