A magia, o encanto e as luzes do cinema invadiram o Cine Teatro São José para mais uma edição do Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB, que chegou a sua 13ª edição com a intocável marca da resistência. O Festival segue até sábado (01) com as exibições dos filmes das mostras competitivas, palestras, e oficinas.
Pioneiro na Rainha da Borborema na formação de plateias da sétima arte e vitrine para colocar produções audiovisuais no circuito nacional, o Comunicurtas foi aberto oficialmente na noite desta terça-feira (27). A primeira noite foi reservada para homenagens e exibição dos primeiros filmes que concorrem nas mostras competitivas. Este ano, mais de 70 produções estão concorrendo às cobiçadas estatuetas.
Este ano foram selecionados 12 vídeos para a Mostra Estalo; 16 vídeos para a Mostra Brasil; 16 trabalhos para a Mostra Tropeiros; 14 reportagens para a Mostra Tropeiros de Telejornalismo; 13 vídeos para a Mostra Som da Serra; cinco filmes para a Mostra de Longas Metragens e seis para a Mostra Tropiqueers. A atmosfera da sétima arte tomou conta do espaço. Diretores, atores, roteiristas, produtores e amantes do cinema prestigiaram a abertura do evento que, este ano, presta homenagem in memoriam ao cineasta de capixaba Penna Filho e ao ator e músico paraibano Zé Guilherme, ex-integrante da banda Cabruera, que morreu em maio deste ano.
Antes das homenagens e do início das primeiras exibições das mostras competitivas, o coordenador geral do festival, jornalista Hipólito Lucena, subiu ao palco do Cine São José para agradecer a plateia, aos parceiros e instituições que mais uma vez apostaram no projeto e contribuíram para que o evento acontecesse, mesmo tem tempos de crise, sem com isso perder a qualidade. Ele lembrou que devido à conjuntura desfavorável e à crise que se espalhou pelo País, a 13ª edição do Festival correu o risco de não acontecer, mas graças às parcerias e ao empenho da Reitoria, o festival chegou a mais uma edição como símbolo de resistência da própria UEPB.
Hipólito destacou que o Comunicurtas está consolidado e, além de servir de incentivo e divulgação da produção audiovisual, possibilita aos estudantes da Instituição atuarem de forma efetiva no festival, o que torna o evento pedagógico. Este ano, mais de 200 estudantes estão atuando como voluntários do evento. Para o coordenador, mesmo em meio às dificuldades o festival continua forte, atraindo cineastas e superando desafios, tendo importante papel nas produções audiovisuais.
Principal entusiasta do festival, o reitor Rangel Junior destacou a marca e a qualidade do evento, que a cada ano supera as dificuldades sem perder a sua essência. Rangel considerou o festival importante para a divulgação das produções audiovisuais e disse que a arte e a cultura são instrumentos no processo educacional e fomento do cinema. “Esse festival é uma demonstração de resistência que a gente tem todo ano. Infelizmente os temos são sombrios, mas nossa ação é de combate ao obscurantismo. Vamos continuar trabalhando e insistindo nisso, porque é uma crença que a gente tem sobre a importância dessa atividade”, destacou. Representando o Departamento de Comunicação, o professor Luís Adriano Mendes também destacou a importância do festival para a UEPB e para formação de plateia e incentivos às produções audiovisuais.
O primeiro ato do Comunicurtas 2018 foi a entrega dos troféus aos representantes dos homenageados, Penna Filho e Zé Guilherme. Na tela, em meio a magia e ao fascínio do cinema, dois vídeos mostraram a trajetória e a vida dos homenageados. Na tela, familiares e amigos falaram do legado dos cineastas. Os troféus foram entregues pela jornalista Tatiana Brandão e pelo professor Luís Adriano.
Em nome do cineasta Penna Filho, recebeu o troféu, visivelmente emocionada, sua filha, Fabiana Penna. Ela agradeceu a homenagem e disse que o Comunicurtas ajudou a eternizar o legado de seu pai, que dedicou 50 anos de sua vida ao cinema, sempre voltado a temas sociais. “Ele passou por inúmeras transformações e foi um resistente na vida. Faleceu há três anos e deixou um legado fantástico no cinema”, frisou. O músico Emir Pontes, ex-integrante da banda Cabruera, recebeu o troféu em nome de Zé Guilherme. Ele também agradeceu a lembrança, falou de sua convivência com o artista e garantiu que a estatueta seria entregue com carinho aos familiares do músico e ator.
Em seguida começaram as exibições dos fiilmes da mostras competitivas . O evento prosseguiu ontem com mais filmes, debates e oficinas.
Redação
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