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Críticos acusam pai de funkeira de exploração sexual

 Aos oito anos, MC Melody é um dos mais recentes fenômenos do funk paulista. Com vídeos vistos milhões de vezes e perfis movimentados nas redes sociais, ela viu sua fama crescer de forma relevante mesmo sem ainda ter lançado um disco e feito shows apenas em matinês. Mas ao mesmo tempo que curte o sucesso puxado principalmente pelo hit Fala de Mim, a garota é pivô de uma polêmica na internet.

Com letras consideradas inadequadas para sua idade e roupas curtas em fotos, Melody e seu pai, MC Belinho, recebem críticas diárias pela exposição da funkeira. Mas, a patrulha aumentou quando o autointitulado militante de direita Renato Oliveira (conhecido por apoiar Jair Bolsonaro durante o programa de Jô Soares) gravou um vídeo e criou uma campanha para que a cantora não fosse mais exposta dessa forma. Ele também pede que o pai seja preso por exploração infantil.

— Luto pelo fim da erotização infantil. A Melody serve como exemplo para essa campanha. Dizer que o que ela faz é inocente é uma maneira de relativizar a pedofilia. Basta ver os comentários de alguns maníacos na página dela. É revoltante.

O pai da cantora se defende e diz que o trabalho de Melody é focado em letras sem palavrões e termos de baixo calão. Belinho, de 27 anos, diz que existe uma perseguição contra o funk e que o sucesso dela incomoda e atrai pessoas que querem se promover. Ele chegou a gravar um vídeo resposta para Renato Oliveira com esses argumentos

— A cidade está cheia de crianças abandonadas. Minhas filhas são bem criadas, têm de tudo. O Renato quer se promover em cima do nosso sucesso e denegrir o funk.

O vídeo postado por Renato na noite de domingo (19) já soma 200 mil curtidas e quase 300 mil compartilhamentos. Nos comentários, a maioria das pessoas concorda que a postura do pai na condução da carreira de Melody é irresponsável.

—Além de tudo, a Melody é ofendida em comentários no Facebook. Isso é muito grave para o desenvolvimento da personalidade dela. Fora que a funkeira acaba se transformando em referência para outras crianças, o que não é nada saudável para a infância brasileira.

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