A cultura indígena potiguara estará à disposição do público em forma de fotografia, artesanato e artefatos decorativos, por ocasião da exposição ‘Aborígine’. A mostra será aberta no Casarão 34 nesta segunda-feira (20) e permanecerá até sexta-feira (24), em comemoração à Semana do Índio. A realização é da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope).
Como ressalta a coordenadora do Casarão 34 e também idealizadora do projeto, Lu Maia, a iniciativa é uma forma de incentivar outros trabalhos que resgatem a cultura aborígine. “Minha idéia é levar à tona esse assunto da natureza indígena, estimulando a realização de projetos que elevem a cultura deles”, comenta.
Ao todo, a exposição engloba 20 fotografias relacionadas aos costumes e ao dia-a-dia dos índios potiguara. As lentes captaram, por exemplo, a inauguração recente do novo espaço utilizado pelos índios para concentração dos rituais religiosos, além da dança do Toré e do uso do urucum como tinta para o corpo. Os registros estão assinados tanto pela pesquisadora e bibliotecária Lu Maia, como pelo jornalista e videasta Alexandre Macedo.
Também integram a mostra peças do artesanato potiguara, com um olhar especial para as unidades decorativas. Há ainda na exposição objetos considerados símbolos da cultura aborígine, a exemplo das lanças utilizadas pelos índios.
Palestras para estudantes – Durante os dias de exposição, o especialista em cultura indígena e presidente da Sociedade Naturista de Tambaba, José Wagner de Oliveira, ministrará palestras sobre o tema. As explanações serão voltadas aos alunos da rede pública municipal de ensino e acontecerão pela manhã e à tarde. Várias escolas já agendaram visita. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3218-9708. O Casarão 34 funciona na Praça Dom Adauto, 34, Av. Visconde de Pelotas, no Centro de João Pessoa.
Reserva indígena – No município paraibano de Baia da Traição, está localizada a maior parte das aldeias indígenas do Estado. Elas integram a Terra Indígena Potiguara. A região reservada aos aborígines está sob a jurisdição da Fundação Nacional do Índio (Funai), que é um órgão federal. Estima-se que na localidade existam cerca de 5 mil nativos.
SECOM